A organização apontava para os 15 mil visitantes, mas Rui Vilarinho, que assume agora as funções de presidente de câmara, diz que as expectativas foram superadas:
“Correu bem, a adesão foi, pelo menos no sábado, de mais 500 pessoas do que no ano anterior, lembrando que o ano transato foi especial, de regresso após a pandemia, em que as pessoas vinham muito motivadas.
De uma forma generalizada, o certame foi, mais uma vez, um sucesso.
Ainda não chegaram dados oficiais dos números mas, em suma, foi mais um ano bem conseguido.
Quem dá aqui o alento e um impulso a esta feira são os caçados e tudo se gera à volta deles.
É um certame rico em atividades com uma dinâmica altíssima.”
Um certame no qual a Câmara investe à volta de 180 mil euros e que, de acordo com a autarquia, gera um retorno estimado entre 3 a 5 milhões de euros, diretos e indiretos.
A hotelaria esgotou em Macedo e os concelhos vizinhos também lucraram:
“Os concelhos vizinhos lucram com esta feira como nós lucramos com as deles e é assim que o território deve ser entendido, de uma forma coesa e concistente.
Não temos capacidade de hotelaria, aqui na zona envolvente da cidade, para albergar todas as pessoas que nos visitam, como também não a têm os concelhos e as cidades aqui nossas vizinhas.
Houve um acrescimo grande de pessoas e algumas são de cá, pois também há um grande número de caçadores do nosso concelho que fazem questão de fazer parte da festa, que também é deles e são parte integrante dela há tantos anos.
O que temos de fazer é criar ou melhorar as condições para que eles se sintam bem e não deixem de ter o interesse e o desejo de voltar, cada vez mais.
Temos sempre qualquer coisa a melhorar, eventualmente com a introdução de uma ou outra atividade, com umas dinâmicas diferentes.”
Marcaram presença cerca de 200 expositores, com artigos ligados à caça mas também diversos produtos regionais e artesanato.
E quem veio pensa em voltar:
“Vendo joalharia cinegética, tudo relacionado com a caça.
É o primeiro ano que estou nesta feira. Já tinha vindo a Portugal em outras ocasiões, em outras feiras, mas nesta é a primeira vez.
Estou a gostar muito, está muito bem montada, muito animada e vejo diferenças com as que acontecem em Espanha.”
“Trago vários tipos de vinho. O branco, o rosé, o tinto, o tinto reserva e de diversos anos, desde 2020 a 2022.
Somos uma casa de agricultores, o meu pai faz produção de azeite, amêndoa, vinho e diversos produtos hortícolas.
À Feira da Caça é o primeiro ano que venho, estou a achar muito interessante e a gostar bastante. Claro que será para repetir.”
“Trazemos fruta desidratada e frutos secos. O bolo de figo é muito procurado.
Estou a adorar e a gostar muito de estar aqui.
Nunca tinha assistido a uma feira com o tema caça e a adesão das pessoas foi ótima.
O patrão tem feito esta feira até agora e vai continuar a fazê-la de certeza.”
Quatro dias de atividades ligadas principalmente ao setor cinegético mas também ao desporto e à cultura.
Ao longo das edições o certame tem vindo a integrar duas provas internacionais, a Prova de Santo Huberto, com a primeira prova a contar para o XVII prémio ibérico e a XI Copa Ibérica de Cetraria, a contar para o VI Troféu Interpaíses, sendo o maior encontro de cetraria da Península Ibérica.
O certame terminou ontem.
Brevemente a reportagem em vídeo com o resumo das atividades que marcaram os quatro dias da Feira da Caça e Turismo de Macedo de Cavaleiros.
Sem comentários:
Enviar um comentário