«Dom João, etc. Como administrador da pessoa e bens do Princepe dom José meu sobre todos muito amado e prezado filho, duque de Bragança, e Princepe do Brazil, mando a vós provedor da comarca que entraes em correição em a cidade de Bragança, vadeis á minha cidade de Bragança, e nella façaes arematar em praça pelos mais baixos preços os reparos somentes precisos das cazas do castello em que assiste o alcaide mór da mesma cidade de Bragança; e para a despeza destes concertos, sejão pagos em corrente quantia do depositario em que se acha o dito deposito, e excedendo a despeza do dito concerto das ditas casas, se faça o resto pelas rendas do estado de Bragança, e sobejando algüa couza, se restitua aos concelhos donde se tem tirado dos sobejos, ficando estes aleviados da contribuição dos cem mil réis, que se tinham concedido ao alcaide mór para esta obra em o anno de mil settecentos e vinte oito, por provisão passada por esta Junta, e asim o cumprireis sem duvida algua, dando-me conta pela junta do estado de Bragança de asim o tereis executado.
El Rey Nosso senhor o mandou por sua rezulução tomada em consulta da junta do estado de Bragança de vinte e tres de Mayo de mil settecentos e trinta e nove e pelos deputados conselheiros Antonio de Andrade, e Antonio Sanches Pereira ambos menistros da junta do estado de Bragança.
El Rey Nosso senhor o mandou por sua rezulução tomada em consulta da junta do estado de Bragança de vinte e tres de Mayo de mil settecentos e trinta e nove e pelos deputados conselheiros Antonio de Andrade, e Antonio Sanches Pereira ambos menistros da junta do estado de Bragança.
Manuel de Oliveira e Sá a fez em Lisboa a onze de Janeiro de mil settecentos e quarenta e tres. Caetano Palha Leitão a fez escrever» (199).
Em 1781 o regimento de infantaria de Bragança não estava no castelo mas sim aboletado por casa dos moradores da cidade com grande opressão, segundo se vê pela carta do conde de Sampaio, general das armas da província, desse ano, ao alcaide mor de Bragança e nela se diz que por esse tempo se fizera no castelo «grande e dispendioso concerto» para se tornar apto para aquartelar o regimento. Opunha-se o alcaide mor José Marcelino Jorge de Figueiredo Sarmento dizendo que o castelo e casas adjuntas foram sempre habitação dos alcaides mores seus pais e avós e que os regimentos que sempre houvera em Bragança de cavalaria e infantaria se aquartelavam no forte de S. João de Deus e no quartel das Eiras (200).
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(199) Livro do Registo da Câmara de Bragança, fl. 189 v.
(200) Documentos encontrados em Quintela de Lampaças, na casa Pavão pelo erudito Francisco de Moura Coutinho.
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA
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