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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Requerimento de José Marcelino Jorge de Figueiredo Sarmento a pedir a promoção ao posto de capitão de cavalos. Seus serviços como alcaide-mor do castelo de Bragança e governador do forte de S. João de Deus. Guerra de 1762

 «Senhora. — Diz José Marcelino Jorge de Figueiredo Sarmento cavaleiro professo na Ordem de Christo fidalgo cavaleiro da caza de Sua Magestade que não lhe sendo permitido na guerra de 1762 o sacrificar a sua vida na defença do castelo da cidade de Bragança de que he alcayde mor com homenagem jurada nas riaes mãos de V. Magestade, por se determinar o abandono da dita cidade e praça; elle para o fim de acreditar hua preciosa ação de fidelidade e em consequencia desta aqueles estimulos de honra, proprios do seu destinto nascimento, determinou precedendo o real beneplacito de S. Magestade asentar voluntariamente praça de tenente de Cavallaria e seguir os paços da dita guerra a exemplo dos seus antepaçados que todos servirão nas diferentes que tem ocorrido neste Reyno com o mayor risco e perda das suas vidas, e consideravel despeza da sua fazenda asim como succedeu a dous tios direitos do supplicante Manuel Jorge de Figueiredo e João Sarmento que ambos perderão gloriosamente as vidas este na batalha de Almança e aquelle na Brecha de Valença de Alcantara, sendo tão bem seos fieis imitadores no valor, fidelidade, e amor com que serviráo o avo, e vizavo materno do supplicante na guerra da Liga, e na felix aclamação (...).
Continuava o supplicante o exercicio do mesmo posto de tenente e continuou athé 25 de Setembro de 1768 em que por hum infeliz acaso, e disposto por alguns inimigos, foy o supplicante obrigado a retirar-se para Espanha aonde se conservou athé o anno de 1777 em que se recolheu a este Reyno no geral perdão do S.or Rey D. José (...).» (202).
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(202) Documentos autênticos encontrados na casa Pavão de Quintela de Lampaças, concelho de Bragança, a cujo arquivo este pertence, pelo nosso erudito e bom amigo Francisco de Moura Coutinho; permitem esclarecer o que no vol. I desta obra, p. 327 e 328, dissemos acerca de José Marcelino Jorge de Figueiredo Sarmento. Desses documentos consta: que era filho mais velho do alcaide-mor do castelo de Bragança, Lázaro Jorge de Figueiredo Sarmento; que por carta régia de 31 de Agosto de 1756 lhe foi feita mercê de mais uma vida na dita alcaidaria, visto haver falecido seu pai; que neste cargo se conservou desde essa data até 2 de Setembro de 1768 em que fugiu da prisão «não por desertor, pois se retirou pelo justificado temor da justiça que o ameaçava a sentir üa pena capital a que resiste a mesma lei natural na obrigaçam de conservar a vida como catolico»: que, amnistiado, regressou à pátria em 1777 onde parece concluir-se que retomou posse da alcaidaria; e que deveu morrer em 1793.
Dos mesmos documentos consta: que por alvará de El Rei D. João V, de 2 de Abril de 1759, foi armado cavaleiro da Ordem de Cristo; que teve a propriedade do ofício de juiz da alfândega de Bragança; que à sua morte, seu irmão José Tenreiro de Figueiredo de Mello, que lhe succedera no morgadio e casa na qual andava, segundo ele dizia, o dito juizado, requereu à rainha o efectivo da propriedade e que por carta real de 10 de Novembro de 1791 foi nomeado governador do forte de S. João de Deus da cidade de Bragança.
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA

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