O representante deste grupo, Ricardo Samorinha, explica que as políticas implementadas pelo Executivo do PSD não mereciam aprovação pelo que diz serem erros contabilísticos recorrentes, além da falta de projetos para desenvolver o concelho. “As nossas críticas vão além das graves falhas, da prestação de contas, em termos contabilísticos e várias discrepâncias, que acabam por deturpar algumas situações que podiam ser positivas para o concelho. Continuam a faltar planos estratégicos que criem condições para as pessoas se fixarem em Carrazeda de Ansiães e para termos mais visitantes. A questão da água e das termas de São Lourenço está sempre, ano após ano, a passar para o Orçamento seguinte e acabamos de aprovar a passagem já mais dois anos para a frente.
Continuamos também a não aproveitar a crise habitacional no nosso país e o nosso concelho tanto precisa de mão-de-obra. Podíamos aproveitar para atrair essas pessoas, formá-las e incentivá-los a ficar cá, bem como profissionais licenciados, que hoje em dia podiam trabalhar a partir daqui mas não têm essas condições. Não há incentivos”.
Apesar de realçar, nomeadamente, a importância da nova área empresarial, aponta falta de ambição ao Executivo social-democrata. “Há 48 anos que esta câmara é de direita, por isso, tudo o que se faça agora dá a sensação que é algo fora do comum e na prática até é. Também elogio alguns projectos que estão em curso mas consideramos que, na prática, é pouco”.
O presidente da Câmara, João Gonçalves, aceita que haja discordância da oposição em relação às opções do executivo, mas não entende que tente negar o que tem sido feito. “Não é preciso procurar muito para verificar o que tem sido feito nos últimos anos em Carrazeda de Ansiães mas também aquilo que tinha sido feito ainda antes de estarmos nestas funções. Devemos ter memória e, com certeza, todos os meus antecessores estiveram nestas funções fazendo o melhor de si. Falando daquilo que conheço melhor, que foi este esforço que temos feito nestes seis anos e meio de funções, eu não consigo perceber como se fala em pouca catação de fundos da União Europeia quando estamos no top 10 dos municípios do Norte que mais captaram fundos e os orçamentos municipais têm vindo sempre a ter valores altos”.
E exemplifica com projetos que considera estruturantes para o concelho. “Alguns já estão concretizados, como o Parque Empresarial, e outros estão já em andamento. Temos o próprio município, na falta de um Portugal 2030, que tarda em arrancar, o ano passado e este, nós já tínhamos executado os fundos da União Europeia do 2020, investimos com dinheiro do orçamento municipal, em áreas em que nem é possível termos ajudas comunitárias, como por exemplo em vias municipais. Estamos a investir e já no ano passado fizemos um investimento grande na ligação de Castanheiro-Ribalonga-Foz Tua. Este ano, num investimento de cerca de um milhão de euros, entre Linhares e a Barragem da Valeira. Quando se fala de Carrazeda como se nada estivesse a ser feito, nós contestamos e contestamos com os factos”.
O autarca de Carrazeda destacou ainda que as contas do município de 2023, aprovadas na Assembleia Municipal, incluem o trânsito de um saldo de gerência de cerca de quatro milhões de euros.
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