Deverá começar em Março a criação do Pólo de Inovação Agrícola de Mirandela, que servirá para o estudo, investigação, inovação e promoção da olivicultura e dos frutos secos.
O pólo, que se localizará na Quinta do Valongo, tem como entidade gestora a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, custa um milhão e trezentos mil euros, valor aprovado da candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência.
A presidente da câmara de Mirandela, Júlia Rodrigues, destaca que o pólo será fundamental no desenvolvimento rural e agrícola do país.
“É muito importante para o concelho, para a região e também para o país. Estamos a falar de uma cadeia de valor do olival e do azeite, sempre na componente olival tradicional e também outras culturas, a amêndoa, outros frutos secos e outras actividades ligadas com pequenos ruminantes. Esta propriedade, com cerca de 80 hectares, tem finalmente um pólo de inovação e tem finalmente uma utilização para aquilo que é o desenvolvimento rural e agrícola da região e do país. Portanto, é o contributo de Mirandela e do Polo de Inovação Agrícola dentro de uma Estratégia Nacional de Inovação”, disse.
A empreitada prevê várias etapas, como “a requalificação de edificado, aquisição de equipamentos de laboratório, instalação de sistemas de rega, plantação de vinha, aquisição de maquinaria alfaias agrícolas e também um centro de recriação de raças autóctones, em particular da cabra serrana. É uma empreitada que, não estando dependente, obviamente, da Câmara Municipal, nós apoiamos na questão dos projectos, e estamos a acompanhar também a implementação e operacionalização do Pólo de Inovação e obviamente que a entidade é CCDR e temos também contrato de parceria com outras entidades ligadas à inovação, nomeadamente o Instituto Politécnico de Bragança, a Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais-Mirandela, entre outras entidades”, explicou.
O Pólo de Inovação Agrícola deverá estar pronto daqui a um ano. “A Câmara Municipal é parceira neste projecto, mas efectivamente sendo um fundo PRR tem que estar sempre pronto até junho de 2026. Ou seja, previsivelmente se iniciar na primavera de 2025 terminará em outubro, novembro desse ano. É a previsão, obviamente que a nível de empreitadas tudo dependerá de haver candidatos ao concurso público, de haver a execução dentro dos prazos que estão fixados e obviamente obedecendo a um caderno de encargos”, rematou a autarca.
O pólo insere-se na Agenda de Inovação para a Agricultura 20-30 e vai especializar-se no desenvolvimento de actividades que permitam a sustentabilidade das zonas rurais, integrando a cadeia de valor do olival e do azeite. A amêndoa e outros frutos secos estarão também em destaque, bem como actividades relacionadas com os sectores da apicultura, pastagens e forragens e pequenos ruminantes.
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