Segundo a presidente da Câmara de Miranda do Douro, Helena Barril, o que se pretende com a criação “Scuola d’Amadeu Ferreira” é reforçar a dinamização cultural da Terra de Miranda, promovendo de forma duradoura o património linguístico mirandês.
Esta nova valência cultural surge no âmbito do Programa Cultural de Rotas Regionais de Património Cultural, através do qual o município de Miranda do Douro apresentou uma candidatura para integrar o escritor Amadeu Ferreira na Rota Escritores a Norte.
“A candidatura foi submetida, analisada e aprovada, permitindo agora avançar com um projeto que visa valorizar de forma permanente a vida e a obra do autor”, indiciou.
“Este novo espaço cultural vai incluir uma exposição permanente sobre a vida e obra do autor, bem como uma programação regular com tertúlias, lançamentos de livros, recitais de poesia, ‘workshops’ e pequenos concertos”, explicou a autarquia.
A Scuola d’Amadeu Ferreira nasce como “um tributo permanente à vida e ao legado de uma figura central da identidade cultural da Terra de Miranda, tanto na literatura como na tradição oral da língua mirandesa”.
“A candidatura foi submetida, analisada e aprovada, permitindo agora avançar com um projeto que visa valorizar de forma permanente a vida e a obra do autor.
Amadeu ferreira tem uma vasta obra literária publicada que vai desde a poesia, aos contos, romances, e tradução de clássicos como “Os Lusíadas”, álbuns do Astérix, os “Quatro Evangelhos”, “A Mensagem” de Fernando Pessoa, e livros do “ Velho Testamento”, entre outros autores nacionais e estrangeiros.
Amadeu Ferreira assinava as suas obras com três pseudónimos: Fracisco Niebro, Marcus Miranda e Fonso Roixo.
Para a família de Amadeu Ferreira, esta iniciativa, vem trazer um reconhecimento ao trabalho desenvolvido em prol da língua e cultura mirandesa, ao longo de décadas, pelo nosso familiar.
Amadeu Ferreira, nascido em Sendim a 29 de julho de 1950 e faleceu a 01 de março de 2015 esteve envolvido e teve um papel determinante no processo de oficialização da língua mirandesa, em 1999, sendo considerado um dos maiores divulgadores da segunda língua oficial em Portugal.
Amadeu Ferreira foi ainda o fundador da Associação de Língua e Cultura Mirandesa.
Pelo seu trabalho em defesa da cultura mirandesa, Amadeu Ferreira foi distinguido, em 2004, com a Ordem do Mérito.


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