Os últimos achados antropológicos no sítio da Torre Velha em Castro de Avelãs, no concelho de Bragança, permitem concluir que a freguesia foi ocupada ininterruptamente durante 12 séculos, desde o século I até ao século XII. As escavações estão agora na terceira fase e resultam de um protocolo estabelecido entre a Câmara Municipal de Bragança e a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em 2012.
A arqueóloga do Município de Bragança, Clara André, explica que os principais objectivos destas escavações passam por investigar os vestígios de uma igreja e perceber a época em que aquele espaço foi ocupado.
“Este ano, a campanha tinha dois objectivos. Definir a planta de um edifício, que poderá corresponder a uma igreja paleocristã com construção de meados do século V. Outro era tentar chegar aos níveis mais antigos, perceber quando se dá o início daquele espaço. De momento, só conseguimos recuar até ao primeiro século”, salienta. As escavações da terceira campanha começaram em Julho e terminam hoje.
Na próxima semana as áreas escavadas vão ser aterradas, uma vez que se trata de terrenos particulares. As conclusões desta investigação só serão apresentadas no próximo ano.
A freguesia de Castro de Avelãs tem sido alvo de várias investigações e inspirado vários autores, sobretudo devido ao seu mosteiro. A mais recente obra publicada é “Castro de Avelãs e as suas origens pré-históricas”, apresentada ontem na biblioteca Municipal de Bragança. O autor é um habitante da aldeia, aposentado, que durante mais de um ano se dedicou à investigação da história da aldeia, desde o século III a.C. Eduardo Silvino Fernandes, de 76 anos, reuniu a informação disponível sobre a aldeia em várias publicações e acompanhou as últimas escavações.
O objectivo é que esta compilação sirva para “as gerações vindouras conhecerem a história de Castro de Avelãs”. O autor considera que “ainda há muito por fazer em relação aos acessos e à valorização do património”, afirmando que Castro de Avelãs tem muito potencial que ainda não está a ser devidamente aproveitado.
A “Castro de Avelãs e as suas origens pré-históricas” é uma edição de autor que contou com o apoio do Município de Bragança.
Escrito por Brigantia
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