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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Duas Lendas do Concelho de Freixo de Espada à Cinta

Freixo de Espada à Cinta

Um cavaleiro cristão(17), perseguido por uma horda de aventureiros(18), viu-se em grande perigo de sofrer morte afrontosa, porque se achava desacompanhado. Sentindo perto os inimigos, cingiu a espada a um freixo e ocultou-se entre os ramos, aguardando um milagre.
Foi recompensada com efeito a sua fé, não porque a árvore se servisse da espada em defesa dele, mas porque os perseguidores, vendo o freixo cingindo armas, se tomaram de tal medo que fugiram em completa debandada. Esta é a razão porque se lançaram os fundamentos da povoação e porque o fundador tomou por armas o freixo e o montante, e porque ao lugar se deu o nome de Freixo de Espada à Cinta.

Fonte: LEAL, Silva – “Os Pelourinhos de Traz-os-Montes – Freixo de Espada à Cinta”, in Ilustração Transmontana, Porto, 1910, p. 109.

Fonte da Moira

Assim é designado um lugar campestre da aldeia de Fornos [no concelho de Freixo de Espada à Cinta], que abrange vários prédios rústicos. As uvas ali criadas amadurecem consideravelmente mais cedo do que as dos restantes vinhedos da freguesia. Crê o povo que esta precocidade se deve à influência do calor do Norte de África, ali guardado, para lhe fazer companhia, pela bela Princesa Moura encantada, que se viu inibida de fugir à perseguição cristã da reconquista.

Fonte: TEIXEIRA, António J. – “Freixo de Espada à Cinta lendário e supersticioso”, in Brigantia, vol. 2, nº 2/3, Abril/Setembro, Bragança, 1982, Arquivo Distrital de Bragança, p. 310.

17 - O autor identifica-o como sendo um primo de S. Rosendo, de apelido Feijão, que morreu em 977
(Leal, 1910: 109).
18 - Trata-se de uma alusão implícita aos mouros, pois a lenda relativa à origem desta vila, não sendo
matéria considerada muito aceitável pelos historiadores, contém, no entanto, algo aparentemente
inquestionável: o contexto das lutas entre cristãos e muçulmanos (Pintado, 1992: 73).

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