A CIM Terras de Trás-os-Montes vai lançar um concurso para desenvolvimento e implementação do Plano Operacional de Transporte Públicos de Passageiros das Terras de Trás-os-Montes para entrar em vigor já em 2019.
Na calha, está a implementação de um serviço de transportes a pedido, que além de servir melhor a população, é também uma forma economizar recursos. Quem o diz é Artur Nunes, presidente da CIM Terras de Trás-os-Montes, que explica mais sobre este meio de transporte.
“Nos transportes a pedido as pessoas devem-se inscrever no dia anterior oe, no dia a seguir, vão ter direito e vão usufruir desse mesmo serviço que é mais personalizado e mais ajustado às grandes necessidades das populações. O que vemos muitas vezes são autocarros vazios a passar, o que representa desperdícios efetivos, e se conseguirmos programar a procura em função destes pedidos que existem em cada uma das freguesias, concelhos e aldeias, penso que estamos a servir melhor as populações.”
Para já, segue-se o estudo que vai determinar as necessidades das populações e ajudar a estruturar o projeto.
“A entidade que ganhar o concurso vai fazer um estudo de como se pode organizar o transporte a pedido, as condições, se vai haver sistema central de transportes, de registo, de cidades, os fluxos de funcionamento. Há aqui um conjunto de fatores que tem de estar vertido num documento e que depois vai ser apresentado sobre as conclusões apresentadas.”
Mais uma das resoluções da última reunião da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes, na qual foi também debatida a necessidade de haverem mais apoios ao empreendedorismo.
Até ao momento, a CIM recebeu 84 candidaturas de privados no âmbito dos Sistema de Incentivos ao Empreeendedorismo e Emprego, traduzidos numa intenção de investimento de 7 milhões de euros, o que representa um valor 5 vezes superior à dotação atribuída pelo Norte 2020.
Por entender ser um apoio importante para a criação de emprego e fixação de pessoas, a CIM pede um mais apoio financeiro, como refere Artur Nunes.
“Nós temos sete milhões de intenção de investimento para todo o território, um valor cinco vezes superior ao valor orçamental disponível. O que estamos a dizer é que existem mais candidaturas do que o dinheiro que nos foi atribuído. No fundo, estamos a reclamar que precisamos de mais dinheiro para financiar projetos de iniciativa privada porque, por vezes, acusam-nos de não sermos competitivos, de esta não ser uma zona produtiva e de não haver criação de postos de trabalho. O objetivo é fixar população e fixar pessoas no nosso território e é a prova que os nossos empresários e empreendedores têm vontade de investir e capacidade. O dinheiro e a dotação que temos é relativamente pouca.”
O presidente considera que o apoio aos Grupos de Ação Local (GAL) também deveria ser superiores, aumentos de verbas que entende serem justos para o território das Terras de Trás-os-Montes.
“Quando me refiro aos GALs, falo da Corante, Desteque e Douro Superior que têm uma necessidade efetiva de um reforço de verba para os projetos que temos já em carteira e estão candidatados.
Aquilo que verificamos foi que as únicas duas CIM’s que não convergiram no âmbito da coesão territorial foram a de Trás-os-Montes e a do Alto Tâmega, e, por isso, acho que é de justiça rever os pactos para o 2020 e reforçar a verba de investimento para criação de emprego.”
A 2ª fase de candidaturas ao Sistema de Incentivo ao Empreendedorismo e Emprego acontecem até dia 28 de fevereiro.
Escrito por ONDA LIVRE
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