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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Bienal de Vinhais volta a celebrar a obra de Jorge Lima Barreto

O destaque desta terceira edição, que decorre de sexta-feira a domingo, vai para o concerto de revisitação de Belzebu, o icónico álbum dos Telectu.
LUÍS VASCONCELOS/ARQUIVO
A Bienal de Vinhais vai juntar de sexta-feira a domingo artistas nacionais e estrangeiros para perpetuar a obra e o legado de Jorge Lima Barreto (1949-2011), músico e musicólogo natural daquele concelho transmontano.

O Centro Cultural Solar dos Condes de Vinhais será o palco da III Bienal Jorge Lima Barreto, uma iniciativa do município que inclui concertos, oficinas, conferências, exposições e instalações. As actividades são gratuitas à excepção dos concertos previstos para cada uma das noites da bienal (o passe para os três concertos custa 12 euros, o bilhete unitário custa cinco), como explicou à Lusa o vereador da Cultura da Câmara de Vinhais, Artur Marques.

Esta terceira edição da bienal pretende ir ao encontro da "aventura musical" de Jorge Lima Barreto, "assumindo o compromisso de educar para a criatividade, para a música viva aliada à comunicação estética, para a arte como forma de estar e para a liberdade de pensamento", como destacou o autarca. "Porque é esta trajectória que Jorge Lima Barreto seguiu e defendeu com toda a coerência e perseverança", acrescentou.

Ao longo deste fim-de-semana, 12 artistas nacionais e estrangeiros pisarão o palco do Teatro Municipal do Centro Cultural de Vinhais, com destaque para o concerto dos Telectu com António Duarte e Vítor Rua, uma revisitação (que teve a sua primeira apresentação em Junho no Teatro Maria Matos, em Lisboa) do icónico álbum Belzebu (1983), "do qual Jorge Lima Barreto foi mentor", como divulgou a autarquia.

Entre os nomes anunciados estão também o baterista Chris Cutler e o guitarrista alemão Jochen Arbeit, bem como o português Tó Trips, guitarrista que integra actualmente os Dead Combo, Nuno Reis e Gimba.

Participarão ainda Bárbara do Canto Lagido, Helena Espvall, Marco Franco, Bernardo Devlin, Ilda Teresa Castro, Kersten Gladien, Gonçalo Falcão, Feliciano de Mira, Rui Duarte e Luís Mendes de Almeida.

A iniciativa foi criada para homenagear e lembrar um dos maiores musicólogos portugueses, natural de Vinhais.

Jorge Lima Barreto morreu em 2011, com 61 anos. Fundou os Anar Band com Rui Reininho, a Associação Conceptual de Música e o Anar Jazz Trio com Carlos Zíngaro e António Pinho Vargas, os Telectu com Vítor Rua, e os Zul Zelub com Jonas Runa. No âmbito das correntes musicais desenvolvidas em torno da música minimal repetitiva, experimental e electrónica, destacou-se também como conferencista e jornalista e pela vasta obra discográfica e bibliográfica publicada.

Licenciado em História da Arte, Jorge Lima Barreto deixou mais de 20 obras publicadas, entre as quais Revolução no Jazz (1979), Jazz-Off (1973), Grande Música Negra (1975), Jazzband (1976), Música Minimal Repetitiva (1983), Nova Música Viva (1983), Musa Lusa (1997) e Musonautas (2001). Algumas delas constituem uma referência bibliográfica imprescindível a músicos e musicólogos.

Em 2013, o município de Vinhais atribuiu-lhe, a título póstumo, a Medalha de Mérito Municipal. No ano seguinte, promoveu a primeira bienal para "perpetuar, aprofundar e divulgar o trabalho de Jorge Lima Barreto, como músico, musicólogo, performer, escritor e, acima de tudo como referência incontornável da música improvisada, minimal repetitiva e experimentalista, abrindo pistas para o estudo e compreensão da arte musical".

De acordo com o autarca, a bienal chama a Vinhais "especialistas, conhecedores da obra e curiosos" e mesmo as gentes locais também têm aderido nas edições anteriores.

Com o evento, o município transmontano quer contribuir para a projecção cultural desta região do interior, onde, como disse Artur Marques, "tudo é mais difícil de acontecer, mas onde as vontades são maiores do que as distâncias".

Agência Lusa

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