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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Amieiros estão a morrer nas zonas piscícolas do Rio Sabor e Fervença

A mortalidade de amieiros está a ameaçar o habitat das trutas. O problema vem de outros países da Europa e já chegou à região.
A morte destas árvores que se encontram nas margens de rios e ribeiras é provocada por um fungo e causa grandes prejuízos nos ecossistemas e mesmo para espécies como trutas, como esclarece Amílcar Teixeira, investigador do IPB na área de recursos naturais e de espécies piscícolas: “isso vai significar uma grande mudança no grande funcionamento destes ecossistemas, ou seja, o potencial que nós hoje temos em rios de montanha está dependente da presença do amial. O ecossistema em si, em termos de produtividade depende do «input» das folhas, no fundo funciona como a gasolina do ecossistema. E assim sendo, se morrerem os amiais vamos ter uma perda muito grande da espécie em si. A substituição e a recuperação de áreas vão implicar um grande esforço para continuarmos a manter uma qualidade dos rios que são únicos. A truta é um animal que precisa de rios de águas frias e se retirarmos esta vegetação ripícola vai mudar o regime térmico e as condições de habitat”, esclarece Amílcar Teixeira.

O problema está já a afectar áreas de amiais no Parque Natural de Montesinho: “fomos visitar várias zonas dos rios Sabor e Fervença e encontramos várias árvores mortas. Há aqui um fungo que se dispersa muito facilmente por água e está a causar a morte aos amieiros. Estamos agora a estudar o impacto no ecossistema, que já sabemos que é negativo, mas é preciso perceber como é possível mitigar esse impacto para continuar a manter a integridade das zonas píscolas”, acrescentou o investigador do IPB.

Tratando-se de matéria do domínio público hídrico, o problema terá de envolver as entidades estatais, que vão contar com o apoio de investigadores nomeadamente do IPB.

“O ICNF tem manifestado preocupação por esta questão e estamos a trabalhar conjuntamente e por isso há vários projectos, nomeadamente um que envolve a truta e o mexilhão de água doce que vai recuperar algumas destas galerias. É um problema que não é fácil, mas o Centro de Investigação vai tentar resolver”, referiu Amílcar Teixeira.  

O problema da mortalidade de amieiros devido a um fungo que se propagou pela Europa a preocupar os investigadores, declarações à margem da conferência de imprensa de apresentação da Norcaça, Norpesca e Norcastanha desta última desta última segunda-feira. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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