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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

PCP diz que falta visão estratégica de desenvolvimento da região

Eurodeputado Miguel Viegas afirma que são necessárias novas áreas de regadio em Trás-os-Montes.
Falta uma visão estratégica de desenvolvimento da região. Esta é a conclusão do eurodeputado do PCP, Miguel Viegas, que iniciou ontem uma visita de três dias a Trás-os-Montes e depois de acções em Vila Flor, Macedo de Cavaleiros e Bragança concluiu que continuam a faltar políticas concretas de desenvolvimento da região, capazes de inverter o declínio social, económico e demográfico: “continua a fazer falta uma política de desenvolvimento, com elementos concretos que olhem para a região, identifiquem as potencialidades e a partir daí ponham em prática no terreno uma estratégia de desenvolvimento com apoios àqueles sectores que estão identificados, que correspondem a potencialidades que existem na região. Aqui existe já conhecimento e capacidade instalada, o que falta são as tais políticas de apoio que continuam hoje em Portugal a ser dirigidas para os grandes grupos económicos, para o sector da finança, para o sector bancário, em vez de chegar onde deveria, que é às terras remotas do interior, onde há défice de pessoas e de actividade produtiva”.

Dando como exemplo o regadio, o deputado no Parlamento Europeu referiu o caso da barragem do Azibo como sendo paradigmático, já que tem um perímetro de rega de 3000 hectares e apenas 500 estão a ser usados na agricultura.

“Revela que há aqui um deficit de apoio à actividade produtiva”. O deputado questiona “como é possível que num país que tem um deficit alimentar fortíssimo que haja uma área de regadio numa área deprimida, em que o emprego faz falta, em que é absolutamente necessário que o governo apoie a produção o sentido de ajudar à fixação de pessoas, criação de emprego e criação de riqueza? Como é possível termos esta infra-estrutura e depois não é aproveitada?”.

Miguel Viegas destacou ainda que são necessárias novas áreas de regadio na região, e critica a forte concentração de projectos desta natureza no Alentejo:

“Há necessidade de implementar novas áreas de regadio em Trás-os-Montes que estão identificadas mas não têm sido contempladas. Hoje as novas áreas contempladas no Plano Nacional de Regadio 94% estão concentradas no Alentejo, isto é completamente inaceitável, Porque o Governo argumenta que a capacidade instalada em Trás-os-Montes não é ainda plenamente utilizada, isto é uma pescadinha de rabo na boca, porque se não houver incentivos, as pessoas vão embora e se as pessoas vão embora, isso gera uma espiral de degradação social e económica que é imparável”, acrescenta Miguel Viegas.

O eurodeputado garantiu ontem em Bragança que partido irá ainda reclamar mudanças na Política Agrícola Comum (PAC) nomeadamente que passe a ter apoios destinados à produção, em vez do actual modelo que atribui subsídios por hectare independentemente da produção.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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