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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

A Sinagoga de Bragança

Pelo que em dado momento representou na vida da Cidade, pelo interesse que pode ter para os cidadãos dos dias de hoje e pelo que de surpreendente pode ter à primeira vista, vale a pena referir o estabelecimento de uma sinagoga em Bragança. 
Logo a seguir ao 5 de Outubro, nasce a esperança de que, com a liberdade religiosa dos novos tempos, seria possível fundar uma sinagoga, até porque havia o sentimento, por parte de cidadãos esclarecidos, de que o templo seria necessário para os criptojudeus, praticantes da lei de Moisés, que havia na Cidade, no Concelho e no Distrito”. “Consta que logo que seja decretada a separação da Igreja e do Estado, deixando, portanto, a religião católica de ser religião oficial e deixando também a liberdade de culto de ser um sofisma, se fundará nesta Cidade uma sinagoga”. O autor da informação crê que iria ser “muitíssimo” frequentada.
Vai ser preciso esperar… Após a I Grande Guerra, o desenvolvimento do movimento sionista internacional repercutiu-se em Portugal. Devido à ação de vários judeus, em especial do oficial do exército Barros Basto, procedeu-se à “descoberta” de comunidades criptojudaicas. Algumas delas, muito numerosas, haviam sobrevivido no Distrito de Bragança. Conseguiu-se também a integração no judaísmo ortodoxo de alguns destes “marranos”, constituindo-se oficialmente várias comunidades israelitas. Demorou, mas, por fim, concretizou-se: a comunidade de Bragança foi “reorganizada” em 1927. O Governador Civil aprovou, em 20 de março de 1928, os Estatutos da Comunidade Judaica de Bragança. E a sinagoga foi inaugurada pelo presidente da comunidade, José António Furtado Montanha, em 22 de junho do mesmo ano.

Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa

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