É a pensar nos amantes da caça e da pesca, nos apreciadores das iguarias derivadas da castanha, no turismo e na valorização económica da região que o Município de Bragança organiza, de 1 a 4 de novembro, a Feira Internacional do Norte.
Já na sua 17ª edição, facto é que o certame conta com um novo formato, tendo sido completamente renovado com o intuito de, ao promover a caça, a pesca e a castanha, poder, simultaneamente, atrair mais visitantes.
A presença do modelo internacional brigantino, André Costa, no tradicional desfile de moda de sexta-feira à noite, o concerto no sábado, dia 3 de novembro, às 22h30, com a fadista Cuca Roseta e a Gincana de Tratores agrícolas no domingo à tarde são, somente, algumas das novidades, entre diversas outras atividades que diferenciam esta edição de outras anteriores.
Mas começando pelo princípio, logo no primeiro dia, quinta-feira, pelas 18 horas, o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel João de Freitas, será o responsável por presidir à sessão da cerimónia inaugural do certame que, este ano, contará com o envolvimento de mais de 50 entidades, bem como da comunidade local.
“Somos a Capital da Castanha e esta iniciativa tem como objetivo promover, a nível nacional e internacional, não só este recurso tão valioso, mas também a caça e a pesca, dois setores com dimensão considerável na nossa economia”, Hernâni Dias
A iniciativa que dá a conhecer os produtos de caça, pesca e castanha pretende ser, de acordo com o executivo ser, igualmente, “um momento de debate e reflexão sobre o futuro destes setores na região”. Assim, já esta quinta-feira, dia 1 de novembro, realiza-se no auditório do NERBA o seminário “Norcaça/Norpesca: Potenciar a caça e Pesca na Região Transmontana. Será possível?”. No dia seguinte, sexta-feira, pelas 14h30, decorre o XI Fórum Internacional dos Países Produtores de Castanha subordinado ao tema “Castanheiro: o futuro sustentável”.
Outra das novidades, reservada para as crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 10 anos, haverá um espaço vigiado de animação infantil com diversos equipamentos de diversão. Para os mais crescidos, a Parede de Escalada será um desafio, estando disponível no sábado e domingo, das 10h às 16 horas, com o respetivo acompanhamento do Exército. Para os apreciadores de falcões e outras aves de rapina, será possível visitar a exposição e assistir a demonstrações de cetraria, para além de várias exposições de elementos escultóricos alusivos ao evento elaborados por instituições locais com destaque para a pintura, fotografia e quadras de S. Martinho, estando patentes durante os quatro dias da Norcaça, Norpesca e Norcastanha.
“A par da promoção da caça, da pesca e da castanha, é fundamental acompanhar os novos desafios que se colocam a estas áreas e, portanto, a Feira Internacional do Norte tem, também, como objetivo reunir, em Bragança, agentes do setor para que seja possível refletir sobre o futuro sustentável desta economia”, Hernâni Dias
Quanto às várias novidades introduzidas na 17ª edição, que representam o maior salto referente à organização do certame, quer em termos quantitativos, quer em termos qualitativos, no que a edições anteriores diz respeito, o autarca brigantino avaliza que, “desde há algum tempo, pensávamos em fazer algumas alterações a este evento e, este ano, decidimos de facto introduzirmos aqui algumas novidades que, na nossa opinião, valorizam o certame, valorizarão o processo de visitação ao próprio espaço e farão com que haja mais gente a visitar a Norcaça, Norpesca & Norcastanha”. Nas palavras de Hernâni Dias, “são novidades que têm a ver com espaços, nomeadamente, o espaço para as crianças, também uma reestruturação na parte da restauração, a animação também será alterada e introduzimos uma novidade que é a gincana de tratores, no sentido de termos esta vertente muito ligada à parte agrícola, até mais numa lógica de diversão”.
Na conferência de imprensa de apresentação do certame, o edil brigantino, que continua a defender o título de Capital da Castanha para Bragança, sublinhou, ainda, a importância da caça, da pesca e da castanha para o território transmontano. “Somos responsáveis por 85 por cento da produção nacional de castanha. Desta produção, 70 a 80 por cento destina-se a mercados externos”, deu como exemplo Hernâni Dias, frisando que a castanha é “um produto que representa um valor económico de 100 milhões de euros para a região”.
Bruno Mateus Filena
in:diariodetrasosmontes.com
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