Cláudia Costa |
São parte da exposição fotográfica Missão Asinina, pelo bem-estar de burros e pessoas, que pode ser vista na Biblioteca Pública de Vilamayor, em Salamanca, Espanha, até 23 de Novembro. Depois, o objectivo é que a exposição viaje por Portugal. Isto porque não são (só) “imagens de burros fofinhos”, explica a fotógrafa amadora que faz muito mais do que lhes tirar fotografias. São provas das várias frentes de trabalho da associação que, desde 2001, luta por impedir o desaparecimento de mais uma raça autóctone portuguesa, o burro de Miranda.
A AEPGA, sediada na aldeia de Atenor, no planalto mirandês, promove o bem-estar animal junto dos donos dos burros, através de “apoio veterinário itinerante e do resgate de animais negligenciados”. Cuida de 60 burros mirandeses (deverão existir menos de mil), implementou um programa de reprodução e desenvolve diversas actividades e projectos educativos vocacionados tanto para escolas como para o público em geral. “Trabalho duro”, dividido por três centros, resume. “Mas se não existíssemos não havia qualquer apoio para ajudar os cuidadores destes animais.”
Entre outras tarefas, Cláudia assumiu a pasta de fotografia da associação (depois de ter estudado na ARCO). Bebe inspiração “do quotidiano rural”, um quadro de relações entre “pessoas, paisagem e animais” que já transformou numa outra exposição. Deu-lhe o nome de Terra Fria, Alma Quente. Esta, protagonizada pelos animais “simpáticos, carinhosos, de olhar cativante” e pelas pessoas que se debatem por os valorizar, chama-se aquilo que é: missão.
Renata Monteiro
Jornal Público
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