A Alheira de Mirandela IGP já representa mais de 30% do total de produção daquele enchido fumado das empresas que estão habilitadas a produzir a alheira que a União Europeia, classificou, em 2016, como produto com Indicação Geográfica Protegida e que só pode ser produzida no concelho de Mirandela.
Números da Direcção Regional de Agricultura, revelam que, em 2018, venderam-se 5 milhões de unidades de alheira IGP.
Ainda assim, Tiago Ribeiro, gerente das Alheiras Angelina, uma das quatro empresas que produzem alheira certificada, entende que ainda é necessária uma maior aposta na divulgação da Alheira de Mirandela IGP. “Falta um plano de marketing conjunto em torno deste produto de excelência, que envolva os produtores, a entidade certificadora, a entidade gestora, o poder local e até o Governo”, afirma.
Uma boa oportunidade para a promoção do enchido, é a 21ª edição da Feira da Alheira de Mirandela que começa esta sexta-feira e prolonga-se até domingo. Tiago Ribeiro diz mesmo que a prioridade do certame será a divulgação. “Vamos fazer degustação do produto, fazer interacção com as pessoas, vamos ensinar a confeccionar a alheira e isso conta muito mais do que quanto vamos vender”, afirma.
Na edição deste ano, promovida pelo Município e pela Associação Comercial e Industrial - entidade gestora da Alheira de Mirandela IGP – há um número record de expositores, “Este ano vamos ter 93 expositores, mais 11 que o ano passado” e na opinião de Vera Preto, vereadora da autarquia mirandelense, “tudo se conjuga para que milhares de pessoas visitem o certame no Parque do império, em pleno centro da cidade”.
Uma das novidades desta edição, é um stand com a caracterização teatral da produção da alheira. A animação musical fica a cargo de Lucas e Matheus, esta sexta-feira, e de Herman José, no sábado. Já o pátio da restauração vai estar aberto até às duas da manhã.
No domingo, durante seis horas, a feira será o destaque do Programa da TVI “Somos Portugal”.
O sector da alheira representa um volume de negócios que ultrapassa os 30 milhões de euros anuais, conta com 7 empresas produtoras, mais de uma dezena de cozinhas regionais e cerca de 20 lojas na cidade, que significam cerca de 700 postos de trabalho.
Escrito por Terra Quente (CIR)
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