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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 17 de março de 2020

Pandemia Covid-19: fomos saber qual está a ser o impacto em alguns ramos do comércio macedense

Um pouco por todo o país, vários estabelecimentos comerciais têm adotado medidas de prevenção à infeção pelo novo coronavírus e alguns estão mesmo a fechar portas, por tempo indeterminado.

A saúde a ser posta em primeiro lugar mas o prejuízo é inevitável e na região não é excepção. Fomos saber como a situação se está a fazer sentir em alguns ramos do comércio em Macedo de Cavaleiros.

No setor hoteleiro, por exemplo, várias reservas estão a ser canceladas. Marisa Alendouro é proprietária de um hotel e fala num prejuízo incalculável:

“Desde que se começou a falar que iam cancelar as atividades e começaram a falar na grave situação em que estamos, as reservas foram canceladas a 100%.

O nosso prejuízo já tem um valor incalculável, tínhamos os fins de semana todos preenchidos até maio com atividades e excursões mas todas foram canceladas. 

Se isto não se começar a resolver até ao verão vai ser grave, ao nível do turismo e da economia. As despesas correm mesmo que se feche a porta, que é o que vai acontecer mais tarde ou mais cedo, temos previsão que a partir desta semana isso poderá acontecer, e vai ser muito grave porque mesmo com a porta fechada as despesas continuam a correr.

Já no que toca à restauração, Patrick Simão refere que no seu restaurante já têm estado a ser tomadas medidas de prevenção e reforço das entregas ao domicílio, serviço este que, assim como o take-away, passam a partir de hoje a ser os únicos que asseguram, e só à hora de almoço. Para este proprietário de restaurante, terão de ser tomadas medidas de apoio aos comerciantes, caso contrário, não tem dúvidas que vai haver despedimentos:

“Na minha faturação a quebra é muito superior a 50%. Nas últimas duas semanas temos estado numa descida constante.

Espero sinceramente que haja decisões da parte de quem governa e manda, para criar linhas de apoio aos comerciantes porque isto vai ser grave para todos em geral. Não se trata apenas do tempo em que vamos estar fechado, mas também o depois, pois eu acredito que mal isto passe a afluência volte, vai demorar. Isso vai trazer uma consequência que me parece inevitável, vai haver pessoas a ir para o desemprego.”
Os cafés e bares, por serem locais de ajuntamento de pessoas, também estão a mudar os horários de funcionamento e alguns têm mesmo encerrado por tempo indeterminado.

É o caso dos dois estabelecimentos de Rui Pacheco que diz tê-lo feito para “o bem de todos”:

“Foi uma medida que achei responsável também porque eu, além de clientes mais velho mas também mais novos, estes que segundo a OMS, ainda têm um pouco daquela irresponsabilidade. Eu tinha de conter isto para o bem de todos, até porque não me conseguiria deitar estando sempre com o pensamento de que poderia infetar e ser infetado.

Óbvio que tudo isto traz prejuízos avultados mas se eu não tiver saúde não tenho como tentar recuperar.”
Por outro lado, nota-se uma maior afluência de pessoas a comprar bens alimentares.

Assim tem acontecido nas pastelarias de João Vieira onde o pão tem tido maior saída:

“O que tem acontecido, principalmente com o pão, é que as pessoas passaram a levar quatro e cinco para congelar, numa eventual falta desse alimento.

Em termos de outros produtos, a diminuição é drástica, nomeadamente no que respeita ao café e pequenos almoços, que não tem havido. No caso do take away, as pessoas vêm buscar a comida para levar para casa mas guardam a distância entre elas enquanto são atendidas, vão às suas vidas mas não se sentam.
Em termos de medidas preventivas, atendemos uma pessoa de cada vez, guardando o espaço de um metro e pouco entre os clientes, nos espaços que temos estamos a respeitar a presença de quatro pessoas por cada 100 metros quadrados, sempre que é atendido um cliente os colaboradores fazem desinfeção das mãos e do balcão, e estamos a fechar às 21h.”
Outros estabelecimentos de outros setores também estão a resolver fechar.

Cristiana Pereira, por exemplo, é proprietária de um salão de esteticista e também resolveu encerrar as portas por estes dias:

“Temos de perceber que doença é esta, que é grave já toda a gente percebeu mas acho que não faria sentido ter um espaço aberto e estarmos a correr riscos.

É lógico que ter uma casa fechada implica sempre riscos financeiros, porque as despesas continuam e certamente que a próxima fase não será muito boa nem para mim nem para quem também fechou portas.
Neste momento, penso que é melhor correr esse risco do que outros.”
Em supermercados e outros estabelecimentos propícios a uma aglomeração considerável de pessoas também estão a ser tomadas medidas, como limitação de entrada e alteração de horários.

Escrito por ONDA LIVRE

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