Entre as principais normas está a obrigatoriedade de se manter uma distância física de dois metros entre todas as pessoas que circulam no interior dos estabelecimentos, que resulta na redução da lotação, sendo que os coabitantes podem sentar-se na mesma mesa, com uma distância inferior. David Afonso está no ramo da restauração desde 2012, em Bragança, e é proprietário de três cafés. O empresário, que estava para abrir um restaurante em Março, confessa que há falta de informação no que toca às medidas que se devem tomar.
“Mas reabrir sem saber praticamente nada do que temos de fazer. Obviamente que vamos tomar medidas de higiene, ter muita cautela no serviço e redobrar atenção em pormenores que por vezes passam ao lado. Mas em termos de lotação, horários, como servir, quantas pessoas estão na mesa, como vamos saber se as pessoas coabitam ou não, não temos acesso a informação, ouvimos uma informação hoje que é corrigida amanhã”, refere.
A equipa de funcionários do grupo dirigido por David Afonso tem mais de vinte pessoas. O empresário admite assim que era imprescindível voltar a abrir os espaços mas acredita que vai ser difícil recuperar o tempo perdido. “Arrisco-me a dizer que estaremos 5 anos para recuperar estes dois meses perdidos”, admite.
Jorge Morais é proprietário de um restaurante, também em Bragança. Apesar de ter que abrir a casa com normas que, anteriormente, não existiam, o empresário está confiante que tudo corra da melhor forma. “Temos que respeitar todas as normas como afastamento, uso de máscara, higienizar as áreas e as mesas. A nossa sala vai ficar bastante reduzida, mas temos uma área exterior que nos vai permitir alargar para a explanada. De qualquer forma temos alguns acrílicos de separação”, conta
Neste restaurante, além de Jorge Morais, trabalhavam outras cinco pessoas, que se mantém. O que também se manteve foram as despesas e, por isso, é fundamental voltar a abrir o espaço. Ainda assim, recuperar não será tarefa fácil.
Segundo as normas, deve privilegiar-se a utilização de espaços em áreas exteriores e serviço de take-away. Os lugares em pé estão desaconselhados, assim como as operações do tipo self-service. A DGS também recomenda que seja garantida uma adequada limpeza e desinfecção das superfícies, de, pelo menos, seis vezes por dia.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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