O processo foi atrasado pelo impacto económico e incerteza provocados pela pandemia de Covid-19, mas está agendada para a próxima segunda-feira a assinatura do contrato. A reestruturação implica um perdão de 54 milhões de dívida, que corresponde a 75% do valor total de créditos que se aproxima dos 70 milhões. Depois de uma negociação, o Novo Banco e Caixa de Crédito Agrícola, que tinham concordado perdoar 35 milhões de euros, aceitaram abdicar de mais dois milhões de euros crédito.
O fundo de capital de risco CoRe Capital vai ficar com 90% do maior produtor de cogumelos da Península Ibérica, investindo cerca de 12 milhões de euros e assumindo uma dívida de 14 milhões. Os restantes 10% vão ficar na mão da Sugal, empresa portuguesa de processamento de tomate.
Foram já cedidos por antecipação 2 milhões que nos últimos meses foram usados para saldar salários e assegurar investimentos, de forma a manter o funcionamento da fábrica de cogumelos.
Do grupo já saíram alguns trabalhadores, mas há ainda 400 funcionários.
A empresa entrou há dois anos no Processo Especial de Revitalização. Segundo o gestor de insolvência é preciso repensar o projecto para tornar o grupo autónomo, o que, diz, “não se consegue com a mesma receita do passado”.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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