Em Bragança, os comerciantes dizem que as pessoas têm medo de entrar nos espaços e que muitas delas não têm dinheiro. Sónia Sobral, que trabalha numa loja de roupa, conta que a semana foi de altos e baixos, mas espera que com a abertura de cafés e restaurantes haja mais clientes também nas lojas.
“As pessoas têm medo e, neste caso, porque toda a gente mexe na roupa. E há receio de gastar, muitas dizem que depois voltam a passar porque ainda não receberam”, conta.
Cláudia Leite, também trabalha num espaço dedicado ao vestuário. A lojista tem notado medo nas pessoas e diz que poucas foram à loja na semana de reabertura.
“Está a ser complicado, é preciso ter paciência. O fecho representou uma quebra muito grande. Agora há muita falta de dinheiro”, afirma.
Fernando Ferreira, de uma loja de electrodomésticos, diz que também teve poucos clientes nos últimos dias. Mesmo notando medo nas pessoas, acredita que a obrigação do uso de máscara lhes dá confiança para irem às lojas. “Houve muita pouca gente durante a semana de reabertura. Está a ir tudo muito devagarinho. Como não foram feitas algumas compras desnecessárias, devido ao confinamento, as pessoas não gastaram dinheiro, mas têm medo”, entende.
Para Filipe Teixeira, que trabalha numa loja de chaves e arranjo de calçado, o que mais se percebe é a falta de dinheiro nos clientes que atende.
“Noto que as pessoas fazem apenas o básico. Tenho feito poucas chaves de automóveis. Como são mais caras, têm preferido, por agora, não ter uma suplente, nota-se receio do amanhã”, destaca.
No que toca às medidas impostas, como a obrigatoriedade do uso de máscara, todos os comerciantes concordam com as normas mais apertadas e que nos afastam da realidade que antes se conhecia.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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