A inventariação dos rituais já foi concluída. São 51 e integrarão uma candidatura conjunta para obter este reconhecimento.
Fazer o levantamento das tradições activas neste território era um dos passos que antecedia a inscrição no inventário nacional de Portugal e de Espanha. Esta é agora a próxima etapa, explica Hernâni Dias, presidente do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Zasnet, que vai apresentar a candidatura. "Aquilo que se pretende é fazer a candidatura e que venha a ter sucesso, sabendo que é um longo caminho que ainda temos que percorrer. Foi feito o inventariado de todas as mascaradas activas. Agora serão apresentadas, com o consentimento dos dois países, ao registo dos inventários nacionais, em Portugal no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, através da Direcção-Geral do Património Cultural e em Espanha na lista de Bien de Interés Cultural através da comunidade autónoma de Castela e Leão”.
Hernâni Dias admite que o processo é demorado e ainda há muito caminho pela frente. "Ainda há um longo caminho que temos a percorrer, mas não deixaremos de colocar todo o nosso empenho para que venhamos a ter sucesso no que pretendemos alcançar".
O responsável reforça que este processo é uma forma de valorizar as tradições ancestrais mantidas até aos dias de hoje e que têm muitas proximidades dos dois lados da fronteira. "Isto é também uma forma de reconhecermos e agradecermos aos grupos e colectividades, que têm conseguido manter com entusiasmo os seus ritos, no que tem a ver com a própria expressão cultural e com o apoio à candidatura. Queremos mostrar às comunidades e aos grupos que pertencem a uma área cultural que não é separada pela fronteira político administrativa, porque o que acontece em Portugal de alguma forma acontece do lado espanhol”.
A inventariação resultou numa publicação que foi disponibilizada no site da Academia Ibérica da Máscara.
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