quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Inventariação das máscaras e festas de Inverno para candidatura à UNESCO está concluída

 Um ano depois de os caretos de Podence se terem tornado Património Imaterial da Unesco, eis que agora estão reunidas as condições para poder candidatar os caretos, as máscaras e as festas de inverno de toda a região do nordeste transmontano, de Zamora e Salamanca
A inventariação dos rituais já foi concluída. São 51 e integrarão uma candidatura conjunta para obter este reconhecimento.

Fazer o levantamento das tradições activas neste território era um dos passos que antecedia a inscrição no inventário nacional de Portugal e de Espanha. Esta é agora a próxima etapa, explica Hernâni Dias, presidente do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Zasnet, que vai apresentar a candidatura. "Aquilo que se pretende é fazer a candidatura e que venha a ter sucesso, sabendo que é um longo caminho que ainda temos que percorrer. Foi feito o inventariado de todas as mascaradas activas. Agora serão apresentadas, com o consentimento dos dois países, ao registo dos inventários nacionais, em Portugal no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, através da Direcção-Geral do Património Cultural e em Espanha na lista de Bien de Interés Cultural através da comunidade autónoma de Castela e Leão”.

Hernâni Dias admite que o processo é demorado e ainda há muito caminho pela frente. "Ainda há um longo caminho que temos a percorrer, mas não deixaremos de colocar todo o nosso empenho para que venhamos a ter sucesso no que pretendemos alcançar".

O responsável reforça que este processo é uma forma de valorizar as tradições ancestrais mantidas até aos dias de hoje e que têm muitas proximidades dos dois lados da fronteira. "Isto é também uma forma de reconhecermos e agradecermos aos grupos e colectividades, que têm conseguido manter com entusiasmo os seus ritos, no que tem a ver com a própria expressão cultural e com o apoio à candidatura. Queremos mostrar às comunidades e aos grupos que pertencem a uma área cultural que não é separada pela fronteira político administrativa, porque o que acontece em Portugal de alguma forma acontece do lado espanhol”.

A inventariação resultou numa publicação que foi disponibilizada no site da Academia Ibérica da Máscara.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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