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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Petição quer acabar com tratado "ultrapassado e incompatível" com o Acordo de Paris

 Uma petição pública está a apelar ao Governo português que atue para promover, junto da Comissão Europeia (CE), uma saída coordenada dos Estados-membros do Tratado da Carta da Energia (TCE), que a própria CE considera “ultrapassado e incompatível” com o Acordo de Paris. A posição portuguesa sobre esta matéria assume agora maior relevância, sobretudo porque Portugal assume, entre 1 de janeiro e 30 de junho de 2021, a Presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE). A Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural apoia e subscreve esta petição.
A petição pública foi lançada recentemente por iniciativa das associações ambientalistas Zero e Plataforma por um Comércio Internacional Justo - Troca, que consideram que o TCE coloca ameaças "a uma ação climática eficaz", ao dar direito às empresas petrolíferas, de gás e de carvão a processarem os Estados signatários da Carta "quando estes tomam medidas em prol do clima que possam afetar as suas expetativas de lucro".

O que é o Tratado da Carta da Energia?

O TCE, que entrou em vigor em 1998, é um acordo que envolve vários países europeus e asiáticos e estabelece uma cooperação no domínio da energia, "destinado a promover a segurança energética, através de mercados energéticos mais abertos e competitivos, respeitando os princípios do desenvolvimento sustentável e a soberania sobre os recursos energéticos", diz-se no resumo da legislação disponível em documentos oficiais da União Europeia.

As duas associações apelam, num comunicado, ao Governo português para que junte a sua voz aos que querem que a UE abandone o tratado. São já 428 cientistas e líderes climáticos que pedem aos países que se retirem do TCE, "um obstáculo à transição energética".

A Zero dá como exemplo dos malefícios do tratado o caso da empresa alemã de energia Uniper, que, diz, "ameaçou interpor um processo judicial ao abrigo do TCE, exigindo uma indemnização de mais de mil milhões de euros, quando o Governo holandês decidiu eliminar progressivamente o carvão e proibir a produção de energia elétrica através deste recurso, a partir de 2030".

TCE é incompatível com o Acordo de Paris

A Zero e a Troca explicam que o TCE é incompatível com o Acordo de Paris, de limitação de emissões de dióxido de carbono (CO2), porque protege "muitíssimo mais emissões" do que as que a UE pode produzir para impedir o aquecimento global.

"No TCE, estão já protegidas, no período de 2018 até 2050, 148 gigatoneladas de CO2 ou equivalente. Ora, para evitar uma subida de 1,5º C (das temperaturas globais), o volume total de emissões associado à UE terá de ser limitado a 30 gigatoneladas - ou seja, a União Europeia apenas poderá emitir 20% das emissões atualmente protegidas pelo TCE", explicam as associações.

A própria Comissão Europeia considera o TCE ultrapassado, tendo apresentado uma proposta de reforma no início de 2020, que não avançou, admitindo mesmo sair, e que a França, a Espanha e o Luxemburgo "já demonstraram publicamente o apoio" a uma saída.

É fundamental e urgente uma saída coordenada dos estados-membros da UE e apelamos ao Governo português para que se coloque na liderança desse processo. Apelamos ainda a que este tema seja debatido na Assembleia da República e que os partidos nela representados tomem uma posição no mesmo sentido.

Assine a petição AQUI.

Mais informação AQUI.

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