Uma iniciativa pioneira que vai permitir que jovens voluntários ensinem aos mais idosos diversas tarefas digitais e informáticas, na óptica do utilizador.
“Pretende-se selecionar as pessoas com mais idade que ainda tenham muita iliteracia para as competências digitais e, como tal, não tenham grande contacto com aquilo que nós, mais jovens, utilizamos diariamente. Essas pessoas serão selecionadas, sobretudo, em meio rural, e os jovens voluntários do Núcleo de Ação Local da Delegação de Bragança irão deslocar-se aos domicílios, com os equipamentos necessários e despender do seu tempo, para que de uma forma mais ou menos informal, possam estar com os mais idosos nesta experimentação em diversas áreas digitais, como por exemplo no acesso ou criação de conta de e-mail, o acesso a programas de edição de texto, Excel, utilização das redes sociais e grupos de conversação, realização de videochamadas ou até na utilização de jogos educativos”, explica o presidente da delegação, Duarte Soares.
A par da delegação brigantina da Cruz Vermelha, venceram também a candidatura para implementação do projeto, as delegações de Sobreira e Coimbra, sendo o objetivo principal o combate ao isolamento e exclusão social e digital de centenas de idosos vulneráveis.
Vai começar em breve e tem a duração de cinco meses. Mas antes, os jovens voluntários vão receber formação.
“É um projeto que, aproveitando a altura do verão com maior presença dos emigrantes, faz sentido começar agora e vai perdurar até ao inverno. Os voluntários vão receber ainda formação para a utilização e o ensino adequando como facilitadores de todas essas ferramentas e a disponibilização dos equipamentos. Depois haverá a seleção de pessoas que estejam interessadas em participar e, no prazo de um mês, iniciaremos essa experiência com os mais velhos”, sublinhou.
A área de abrangência principal para implementação do projecto é o concelho de Bragança mas, de acordo com Duarte Soares, “a delegação não fecha a porta a intervir em outros concelhos” e visto que os de “Macedo de Cavaleiros e Vimioso não têm uma representação da Cruz Vermelha específica” e a delegação “tem-se preocupado em levar iniciativas” também a essas localidades.
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