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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Documento do mês de agosto - Nossa Senhora das Graças Padroeira da cidade de Bragança

 Esta Celebração e esplendor da Fé realiza-se entre os dias 10 e 22 de agosto. Nossa Senhora das Graças Padroeira da cidade de Bragança e, em honra da qual, se celebram as grandiosas Festas da Cidade de Bragança. O programa conta com uma série de espetáculos musicais, animação no Castelo de Bragança, com a Festa da História e um espetáculo piro musical na noite do arraial do dia 21 para o dia 22 onde a comunidade transmontana e os emigrantes expressam uma multiplicidade de emoções e sentimentos de encontro e reencontro com as raízes. 


O programa religioso dedicado à padroeira da cidade tem o seu ponto alto com a missa na Catedral seguida da grandiosa procissão Solene pelas ruas da cidade onde a devoção é o espelho das almas envoltas de esperança e fraternidade. Diríamos em última estância que universo religioso envolve sempre a noção de sagrado e de profano e a experiência religiosa acontece através do símbolo, do rito e do mito. Sagrado é todo aquele espaço, objeto, símbolo, que tem um significado especial para uma pessoa ou grupo. 


Profano é tudo que não é sagrado, toda a vida comum do dia a dia, os factos e atos da rotina. Contudo, a diferença entre profano e sagrado só acontece na experiência individual e dos grupos, ou seja, aquilo que é profano ou comum para uns, pode ser sagrado para outros, dependendo de sua experiência religiosa. Para a experiência religiosa é sempre pessoal e relacional, condicionada ao indivíduo na sua forma de ser e situada em um contexto histórico e cultural, numa vivência relacional com o mundo, com o outro e com o grupo familiar, comunitário, político, etc. Está presente numa dimensão individual, dos projetos de vida, dos desejos e frustrações, amparando e direcionando os homens diante da constatação de sua finitude e da necessidade de crescimento em todas as suas dimensões, desde a biológica, intelectual, material e transcendente, um ser em constante busca. 
É nesta simbiose que se enaltece a religiosidade nos seus múltiplos aspetos numa comunhão para o Deus universal, onde se fundem estas duas dimensões para o religare, religar, voltar a ligar.
Só se pode falar em religião, estritamente, quando aparece uma organização complexa, espiritual e social, com base numa revelação de Deus. 


Assim o documento do mês celebra a Nossa Senhora das Graças num artigo da revista “Amigos de Bragança” de 1960 onde emana o fervor e a devoção da padroeira e a exaltação das festividades como elo de união. Ela foi a a escolhida de Deus (cheia de Graça) para carregar em seu ventre o Menino Jesus. O dia de Nossa Senhora das Graças é o espaço intemporal, onde todos os fiéis tem a oportunidade de demonstrar sua gratidão pelo amor da Mãe, a mesma que acolheu Jesus Cristo, e que cuida de todos com tanto amor e devoção na plenitude de humanismo. Na verdade a história da Nossa Senhora das Graças corresponde a tempos antes da criação da humanidade, onde Deus, planeando o nascimento de Seu Filho Jesus, escolheu a mais materna e pura energia que carregaria a criança em seu ventre. No momento em que o Senhor pensou em Jesus Cristo, ele também logo analisou uma mãe humana para gerá-lo, e por isso criou Maria. Uma mulher honesta, que possuía toda a delicadeza de uma flor cintilante, mas seria forte como os ventos do céu musical. Deus a criou pensando em uma representante de todas as mulheres e para que Ela fosse rainha da terra, seguida com o seu entendimento, passou a ser portadora de toda graça que a humanidade inteira poderia receber. E foi a partir de sua fé e devoção que ela proporcionou a salvação para tantas pessoas. Eis o esplendor e a celebração de tão belo ritual na intimidade da existência. Por último o artigo da revista finaliza com um ditado /dizer popular que carateriza a alma transmontana :

 “ Há na gente Bragançana/ Um dizer que na alma atua/ Por vir da bondade humana: Entra, irmão que a casa é tua”. Jovem Poetisa desconhecida.

Fonte: Arquivo Distrital de Bragança

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