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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 15 de abril de 2023

Pouca chuva condicionou aparecimento de pantorras no Nordeste Transmontano

 O presidente da Associação Micológica “A Pantorra” alertou hoje que a falta de chuva no início de abril provocou no Nordeste Transmontano um fraco aparecimento de pantorras, um cogumelo silvestre muito procurado devido ao seu elevado potencial gastronómico.


“A expectativa para o aparecimento de pantorras é baixa. Apesar da quantidade de chuva que se fez sentir nos últimos meses, seguiu-se uma fase de seca que não deixou desenvolver esta espécie de cogumelos silvestres, havendo muito poucos em comparação com um ano normal”, explicou o micólogo Manuel Moredo.

Esta situação foi dada a conhecer na véspera de uma saída de campo, marcada para sábado pela manhã, que se enquadra no encontro de primavera desta associação micológica, com sede em Mogadouro, no distrito de Bragança.

“A pantorra ['Morchella esculenta'] é um cogumelo que nem sempre se encontra. O ano passado houve muitas pantorras. Este ano há poucas, mas as saídas de campo valem sempre a pena, não só por estes cogumelos, mas também pelo convívio e o contacto com a natureza”, vincou Manuel Moredo.

Mesmo com fracas expectativas, os lameiros, soutos e pinhais, do Nordeste Transmontano são locais ideais para a apanha, que são batidos palmo a palmo nesta altura do ano pelos recoletores de cogumelos silvestres, alguns dos quais o fazem por gosto e outros porque encontraram nesta atividade uma forma de sustento.

"Este tipo de cogumelos de primavera, como é o caso das pantorras, tidas como dos mais emblemáticos, são muito apreciados e procurados pelo seu potencial gustativo e um quilo deste fungo poderá chegar aos 20 euros", indicou o micólogo transmontano.

De acordo com o especialista, há também outras formas de consumir pantorras, que “é em seco”, com o quilo destes cogumelos silvestres desidratados a corresponder a 10 quilos em fresco e a custar mais de 200 euros/quilo.

Durante a primavera, os primeiros cogumelos a sair são as pantorras, seguindo-se os cantarelos (também conhecidos por 'rapazinhos'), boletos e 'Amanita ponderas'.

"As pantorras têm uma característica única. Estes cogumelos, só aparecem uma vez, não sendo possível colher outro exemplar no mesmo local, o que faz dele mais raro do que as outras espécies e mais apreciado", explicou Manuel Moredo.

Apesar de serem muito procuradas, as pantorras têm alguma toxicidade, pelo que há cuidados a ter em conta.

"Trata-se de um cogumelo tóxico que tem de ser degustado em pequenas quantidades, mas não é mortal. E daí advém o termo 'empanturrado', devido à sua toxina". Em fresco têm de ser cozinhados com várias lavagens com água quente. A forma mais segura de os consumir é comprá-los em seco, porque estão ausentes de toxicidade”, explicou Manuel Moredo

A restauração vê neste tipo de fungos um excelente complemento às suas cartas gastronómicas e a procura é cada vez mais elevada por quem vem dos grandes centros urbanos ou da vizinha Espanha, mas esta primavera escasseiam as famosas pantorras.

Apesar do valor económico dos fungos, em Portugal ainda não há legislação que regulamente o setor e esse "vazio legal" não permite a "certificação" das mais variadas espécies para que se tornem numa mais-valia.

FYP//LIL
Lusa/fim

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