Ainda assim, os produtores, desta aldeia do concelho de Bragança, dizem que não falta quem o procure.
Ontem, na feira que lhe é dedicada, quem produz assume que se continua a vender muito bem. “No ano passado produziu-se bem. Havia bom cebolo. Mas este ano, mesmo os de Mirandela dizem que se produziu mal. O preço duplicou. No ano passado vendi a manada a 5 euros. Este ano a 10”, disse Delfim Brás. “A produção não foi lá muito boa porque houve muita geada e quase o queimou. Este ano, por isso, vendo a 10. eu vendia a 6 no ano passado”, esclareceu Domicilia Pereira. “Tive e tenho muita gente à procura e este ano ainda para melhor. Este ano vendo a 10 e no ano passado já o vendi a 8”, disse Alzira da Cruz.
Os produtores asseguram que não há cebolo como o de Alfaião e por isso a procura é tanta. “Já antigamente este cebolo tinha fama. Mesmo nas feiras vendia-se melhor que o de Mirandela. No ano passado vendi 100 cebolos a um emigrante e colheu 70 quilos de cebolas”, referiu Delfim Brás. “O cebolo é muito bom. As cebolas não espigam e duram até muito tarde”, explicou Domicilia Pereira.
O presidente da Junta de Freguesia de Alfaião, Luís Venâncio, também não tem dúvidas de que não há cebolo como aquele. “O especial aqui é o cebolo porque dá uma cebola que não espiga e que, por norma, dura durante um ano. A procura, desde a realização da primeira edição desta feira, que aumentou exponencialmente. Temos cerca de 20 famílias na aldeia a produzir para vender”.
Os produtores dizem que o ano passado não foi muito mau, em termos de produção, mas este foi menos simpático. Por isso, o molho do cebolo é agora mais caro.
Esta foi já a sétima edição deste certame, que se realiza em Alfaião, no concelho de Bragança.
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