As alegações finais aconteceram no Tribunal de Bragança, na passada segunda-feira, à porta fechada, tal como todas as sessões do julgamento “por estarem em causa crimes de natureza sexual”, indicou uma fonte judicial.
Também as advogadas das queixosas pediram a condenação do médico, mas a defesa defende que deve ser absolvido.
“Durante o julgamento o arguido confessou parcialmente os factos de que está acusado e só no que respeita à minha cliente. Ele admitiu que fez o exame toque vaginal, mas com o consentimento dela e como tal não cometeu nenhum crime porque o realizou no âmbito do seu trabalho. Negou que o tivesse realizado à outra mulher queixosa” referiu Marisa Roque, advogada de uma das mulheres, no final das alegações.
A acusação, deduzida pelo Ministério Público, refere que as alegadas violações estão relacionadas com exames para os quais o médico não estava habilitado, os alegados exames foram realizados numa clínica propriedade do Hospital Privado de Bragança, que já pertenceu ao médico, atualmente com 75 anos. Uma queixa reporta-se a novembro de 2020 e a outra a fevereiro de 2021.
As vítimas são duas mulheres, entre os 40 e os 50 anos, que se deslocaram à clínica para realizar ecografias mamárias, abdominais e ginecológicas tendo sido atendidas pelo médico radiologista, um histórico do PSD em Bragança. A leitura do acórdão ficou marcada para dia 8 de novembro.
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