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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Paulo Xavier procura apoios para Museu da Língua cujo custo de 16 milhões recai agora sobre a autarquia

 A Câmara de Bragança procura agora apoios para suportar o custo de 16 milhões de euros do Museu da Língua Portuguesa depois de a fraca execução da obra ter levado à desistência do financiamento comunitário inicialmente aprovado de cerca de cinco milhões de euros.


A novidade foi deixada pelo novo presidente da autarquia, Paulo Xavier, à margem da Assembleia Municipal de segunda-feira, em que as contas do município foram aprovadas com 71,3 milhões de euros de receitas e 47,4 de despesas.

“A receita está com uma execução de 98 por cento e a despesa em 66,40 por cento. O prazo médio de pagamento é de cinco dias, pelo que isso traduz uma boa saúde financeira do município”, enalteceu Paulo Xavier.

O problema é mesmo a execução da despesa, devido às dificuldades criadas pelo Museu da Língua, que obrigaram à mudança de empreiteiro, o que provocou atrasos na obra.

“Neste momento, temos o Museu da Língua com uma dotação de 16 milhões de euros. Como a obra não tem evoluído como gostaríamos, não há despesa nesse ponto. Em termos de concretização, o que foi traçado está a ser efetuado. Museu da Língua só tem 1,5 milhões de despesa até agora, o que é pouco. Contudo, a obra está a andar. Desde há mês e meio que deu um salto significativo. Havia algum mal-estar entre o empreiteiro e o projetista. Vamos conseguindo, com alguma paciência, que as coisas vão ao lugar. Até final do ano vamos ter execução muito superior”, acredita Paulo Xavier.

O presidente da Câmara deixou ainda uma garantia: “Estamos a envidar todos os esforços para que o Museu da Língua seja financiado porque, neste momento, os 16 milhões orçamentados são da responsabilidade do município de Bragança. Este é um investimento a nível nacional e há todo o direito que haja um financiamento nacional e não apenas regional”, sublinhou.

Em causa, a comunicação já efetuada ao Tribunal de Contas da desistência do financiamento inicialmente aprovado, numa altura em que o orçamento inicial era de dez milhões de euros.

No entanto, o atraso da obra deixou a autarquia à mercê da subida das matérias primas e levou os custos inicialmente previstos a escalarem para, pelo menos, 16 milhões de euros, já com outro empreiteiro pois o vencedor do primeiro concurso acabou por falir.

“Tínhamos financiamento de cerca de cinco milhões. Preferimos perdê-los porque, devido à fraca execução, só iríamos receber cerca de um milhão mas perdíamos a hipótese de uma candidatura mais forte. Assim, é preferível perder esses do que limitar a possibilidade de garantirmos um financiamento superior”, explicou Paulo Xavier.

O autarca disse ainda que se não for possível conseguir outro financiamento, terá de ser o Município a suportar a totalidade do custo da obra.

Quanto às contas, foram aprovadas com os votos favoráveis do PSD e Chega e a abstenção de PS e CDU.

“Aquilo que nos é apresentado é um documento técnico, que não pode ser apresentado com erros, pelo que é um documento adequado, seguindo as normas. o problema é o que se junta com um ato técnico. Ou seja, o que vai ser vertido sobre o orçamento e o que vai permitir fazer obra de acordo com o plano da autarquia. O nosso programa era diferente. Achamos que a autarquia não tem feito nada nos últimos 10 anos.

Por isso, não apoiamos. Há coisas acordadas com os munícipes na altura das eleições que não estão a ser cumpridas, como a questão do saneamento ou da minimização do impacto da ETAR no Castelo.

Se não tivesse um condutor, esta autarquia seguia a sua vida normal”, frisou o líder parlamentar do PS.

Também a CDU se absteve. “Abstemo-nos por princípio. Independentemente de sabermos que é o resultado efetivo do exercício, entendemos que o orçamento não responde às necessidades do município. Nenhuma das nossas propostas foi refletida no orçamento”, explicou Fátima Bento, eleita da CDU.

José Pires, do Chega, explicou assim o voto favorável: “É um documento técnico onde se faz o balanço do que foi feito, sem qualquer dúvida”.

António G. Rodrigues

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