O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, admitiu, ontem, que o Governo está a assumir a sua responsabilidade, no que toca ao caso da Vasp, que anunciou, no início deste mês, a que está a analisar a possibilidade de proceder a alterações na distribuição diária de jornais em vários distritos do país, nomeadamente nos de Bragança e Vila Real.
O objetivo do Governo passa por criar soluções que envolvam todos os intervenientes, assegurando regras de concorrência, abertura e transparência, de forma a contribuir para uma resposta equilibrada ao problema. “Vamos e estamos a agarrar a nossa parte para, repito, sem passar cheque a nenhuma empresa concreta, garantindo que todos fazem a sua parte, garantindo condições de concorrência, abertura, transparência, ajudar e contribuir para uma solução. Creio que brevemente haverá respostas sobre quais é que são as propostas concretas da parte do Governo para essa solução. Mas tem que apresentar sempre essas características, não passar o cheque a ninguém, garantir condições de transparência, abertura e concorrência”, frisou o ministro da presidência.
O ministro garantiu ainda que o Governo reconhece a gravidade da situação, sobretudo no que diz respeito à dificuldade de acesso à imprensa escrita por parte de determinados segmentos da população, destacando que existe uma preocupação clara com a coesão social e territorial, uma vez que muitas pessoas que vivem no interior do país e cidadãos mais idosos continuam a depender do jornal em papel para se informarem.
“Há uma parte da população por estar no Interior, outra parte da população porque não tem a mesma literacia e o acesso digital, tipicamente mais velha, que ainda precisa da imprensa em papel. Há uma razão de coesão social e uma razão de coesão territorial para que o Estado se preocupe e atue para que as pessoas do Interior e as pessoas mais velhas, muitas delas no interior também, possam continuar a ter acesso à imprensa escrita. Foi por isso, designadamente, que duplicámos o porte-pago de 40% para 80% com uma despesa prevista em 4,5 milhões de euros para a circulação da imprensa escrita, muitas delas, aliás, produzidas no Interior que chega ao resto do país”, rematou.
O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, assegurou que o Governo está a trabalhar em soluções que envolvam todos os intervenientes do setor, respeitando regras de concorrência, transparência e abertura.

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