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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

OS FIDALGOS - PARADINHA DE OUTEIRO


1º MANUEL GONÇALVES DE MIRANDA, bacharel em direito e cânones pela 
Universidade de Coimbra, natural de Paradinha de Outeiro, concelho de Bragança, era filho de Domingos Miranda e de D. Isabel Gonçalves.
Neto paterno de Miguel Miranda e de D.Maria Pires, ambos naturais de Rio Frio de Outeiro, do mesmo concelho.
Casou com sua prima D. Catarina Luísa Geraldes, de Paradinha.
Em 27 de Junho de 1747 foi nomeado intendente dos linhos cânhamos da comarca de Moncorvo; mais tarde corregedor da comarca de Coimbra e auditor da província de Trás-os -Montes; desembargador da Relação do Porto em 1758, da Casa da Suplicação em 1766, e, nesse mesmo ano, Intendente Geral da Polícia, sendo-lhe permitido por alvará especial acumular os dois lugares e vencimentos. Este lugar de Intendente foi criado pelo Marquês de Pombal, tendo sido desempenhado primeiro por Inácio Ferreira de Sousa. A Manuel Gonçalves de Miranda sucedeu no desempenho deste cargo o célebre Intendente Pina Manique, que foi o terceiro a desempenhar essas funções.

«É longa e notável a folha de serviços do Intendente Gonçalves de Miranda. O seu nome anda ligado à execução de numerosos actos de desmedida violência e firme energia do ministro Marquês de Pombal. Prestou altos serviços ao Estado, e a sua fama deixou lenda em Trás-os-Montes» (424).

Foi amigo e valido do Marquês de Pombal, que o incumbiu de importantes comissões.
Um dos actos de maior ferocidade praticado pelo Marquês de Pombal e a que anda ligado o nome de Manuel Gonçalves de Miranda, é a bárbara e horrorosa execução do genovês João Baptista Pelle, acusado de conspirar contra o omnipotente valido de El-Rei D. José, facto que não se provou. No entanto, Pelle foi condenado a 1 de Outubro de 1775 pelo Tribunal da Inconfidência, criado expressamente para este julgamento, composto de sete membros, um dos quais era Miranda(425).
Do Museu Regional de Bragança, maço Para a História, copiamos textualmente o seguinte «Pregam»:

«Justiça que El Rey Nosso Senhor manda fazer neste Reo chamado João Batista Pelle, Genoves de Nação que seja conduzido em hum carro, com insignias de fogo ao largo e Praça da Cordoaria da Junqueira, ahi vivo lhe sejão cortadas ambas as mãos, e que depois seja tirado e desmembrado por quatro cavallos, e feito o seu corpo em pedaços, que serão consomidos com fogo até ficarem reduzidos a Sinzas, as quais se lançarão ao vento: E isto por conspirar com outros socios contra a vida do Ill.mo e Ex.mo Marques de Pombal Primeiro Menistro de Estado immediato a Real pessoa e seo Lugar Tenente sendo lhe achados para o execrando asecinato instrumentos de fogo para com elles o executar no fauticimo dia dos anos do dito Senhor inauguração da sua Real Estatua equestre. Lisboa 12 de outubro de 1775. José Antonio de Oliveira Machado».

Como se vê, não é a sentença condenatória de Pelle, mas sim o pregão da sua execução que, a julgar por este exemplar, se espalhou por todo o reino depois de consumada, pois tal selvajaria teve lugar no dia antecedente e a sentença condenatória é de 1 de Outubro desse ano.
Eis como Pinheiro Chagas, na História de Portugal, vol. VII, pág. 102, narra o feroz acontecimento:

«O padecente apeiou-se do carro [em que fora conduzido ao suplício, amarrado a um cepo] e, em conformidade da sentença, cortaram-se-lhe as mãos; depois amarraram-no aos quatro cavallos, dispostos em forma d’aspa, e espicaçaram os animaes, para que partissem a galope, esquartejando o infeliz. Eram porém os cavallos muito ordinarios, e não tinham força para o que d’elles se exigia, resultando d’aqui o martirizarem a desgraçada victima, que esteve padecendo tratos infernaes durante mais d’um quarto de hora. Os esforços dos cavallos, sem conseguirem esquartejar o reu, bastavam para lhe deslocar os ossos, para lhe romper as veias, para lhe infligir tormentos inimaginaveis. Era todo sangue o desgraçado; os seus gritos lastimosos condoiam a todos, a ponto que os frades desfalleceram, sendo necessário que um outro franciscano, Fr.Manuel de Ribas, que era mero espectador, corresse a substituil-os. O genovez, dilacerado, sanguinolento, pedia, exorava os seus algozes que o matassem; queriam elles fazer-lhe a vontade, mas não tinham instrumento com que lhe dessem o golpe de misericordia; finalmente, o juiz da execução disse-lhes que o afogassem com um lenço, e elles assim o fizeram, mettendo-lhe o lenço na bocca e apertando-lhe as guellas, até que o ultimo alento vital se exhalou de todo n’essa pungentissima agonia... Causa verdadeiramente horror a leitura d’estes supplicios usados em tempos ainda tão proximos de nós; parece-nos impossivel que os ordenassem homens que teem comnosco tão intimas affinidades».

A seguinte anedota, ainda hoje corrente em terras bragançanas, mostra bem a audácia valente, tipicamente lombardesa do intendente Miranda:

No pinhal da Azambuja estabelecera sede de operações uma quadrilha tristemente célebre pelos crimes audaciosos que praticou sem que a polícia conseguisse lançar-lhe a mão.Miranda, desesperado, reúne um pequeno grupo de homens decididos, disfarçam-se em ceifeiros e, de manta ao ombro, foice a tiracolo, vão de casal em casal, de taberna em taberna, até que encontram os bandoleiros entretidos a jogar e a beber, aos quais se associam logo, tomando parte nos jogos e nas libações, sem despertar suspeitas, tomados, como foram, por jornaleiros à cata de serviço. No momento adequado, quando Miranda percebeu quem era o chefe do bando, pelo modo como os subalternos o tratavam, lança-lhe as mãos e intima:
– Está você preso.
– À ordem de quem, pregunta o capitão dos ladrões?
– À ordem do Calça Larga, Pica bois, ó Galhardo, da Paradinha. O bandido ficou transido e, sem atinar a balbuciar, ao menos, uma desculpa, deixa-se conduzir ao Limoeiro, onde o caso deu brado.

Os fidalgos e até os príncipes tinham então grupos de caceteiros que se degladiavam em aventuras nocturnas pelas ruas da cidade e o nome de guerra de Miranda no grupo era: Calça Larga, da Paradinha, e também:
Pica bois, ó Galhardo, da Paradinha. E parece que ao seu soberbo estadulho todos rendiam vassalagem.
Manuel Gonçalves de Miranda fundou em 1779 um vínculo de morgadio em Paradinha de Outeiro e Rio Frio, e, por não ter filhos, nomeou administrador deste morgadio seu sobrinho Martinho Carlos de Miranda
(3º, adiante citado).
2º CATARINA DE SÃO BERNARDO, irmã do precedente, nasceu em Paradinha de Outeiro a 27 de Fevereiro de 1703 e professou em 1731 no convento de São Bento de Bragança (426).
3º MARTINHO CARLOS DE MIRANDA, natural de Paradinha de Outeiro, casou com D. Perpétua Maria Giraldes, era fidalgo-cavaleiro da Ordem de Cristo, sub-prefeito (governador civil) de Bragança, onde residia.
Do seu testamento(427) vê-se que tinha, além de outros, bens em Mascarenhas e Vimioso e «casas novamente feitas em Bragança», que deixou a sua filha D. Antónia Agostinha, mais conhecida em Bragança por D. Antónia Paradinha.
Estas casas são as do cimo da Rua dos Oleiros, únicas que ali há de certa linha arquitectónica, ultimamente adquiridas pelo doutor António Rapazote. São casas isoladas e ficam mesmo no ponto em que a Rua do Tombeirinho corta em forma de T a Rua dos Oleiros. Têm cinco janelas, correspondentes a outras tantas portas ao rés-do-chão, cornija e coruchéus de granito lavrado, bem como os revestimentos das esquinas. Esta rua é agora denominada Cinco de Outubro.
Nada mais absurdo do que a mudança dos nomes das ruas sempre que essa mudança não sai espontânea da voz do povo a definir uma das suas características. Os nomes das ruas, como os das povoações, são o documento vivo, muitas vezes único, da sua história. Encerram história, arte, linguística, etnografia, arqueologia, botânica, agronomia, etc., são uma verdadeira enciclopédia ao alcance de todos, o que não sucede com as outras.
Das narrativas dos historiadores conclui-se logicamente que os mouros se assenhorearam do distrito de Bragança. Todavia, não há um único texto de autor competente que tal diga. Em compensação, temos os nomes das povoações Alfaião, Babe, Baçal, Bagueixe, Couços,Mogadouro,Muaz, Soeira, etc., tudo palavras árabes que significam respectivamente: terra de sombras, portinha, cebolal, buraquinho, arco, coisa fatal, inevitável, lugar de advertência e coisa bem edificada.
Babe = portinha, é ainda uma lição de táctica militar a dizer-nos que só por esse lado o distrito de Bragança é atacável.
Mogo de Malta e Mogo de Ansiães não estão a dizer: marco do terreno concelhio de Ansiães; marco do terreno da Ordem de S. João do Hospital ou de Malta e a falar no prestígio desta ordem militar, que tantos serviços prestou?
Aveleda, derivando de avelã, avelaneda, avelaeda, aveleda; Grijó, de eclesia, eclesiola, egrejola, grijó, etc., não estão preleccionando ao vivo filologia?
Não falam pelo mesmo teor os nomes das outras povoações, cada um na sua especialidade?
Parada, Paradinha e Paradela não nos dizem de um tributo ou pensão medieval, assim chamado segundo a quantidade a pagar?
Com os nomes das ruas dos povoados sucede a mesma coisa. Assim, em Bragança o nome da Rua dos Oleiros fala-nos de uma indústria que ali houve e como que nos está censurando por a não sabermos manter; a de Tumbeirinho aviva-nos reminiscências arqueológicas; a de Fora de Portas fala-nos das Guerras da Aclamação e da energias dos nossos, que fortificavam a parte extra-muros da vila, de onde veio o nome à porta de entrada a sudoeste.
Nas mesmas condições está a da Estacada, onde a fortificação, por o terreno o não permitir, foi substituída por estacaria. A Ponte das Tinárias, a Rua das Moreirinhas e outras todas têm uma razão histórica.
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(424) DEUSDADO,Manuel Ferreira – Revista de Educação e Ensino (Agosto de 1894), p. 335. LEAL, Pinho – Portugal Antigo e Moderno, artigo «Vimioso».
(425) CHAGAS, Pinheiro – História de Portugal Ilustrada, vol. VII, p. 102.
(426) Museu Regional de Bragança, maço Freiras de S. Bento.
Ana Maria Baptista, prima desta, filha de Inocêncio Giraldes e de D. Catarina Rodrigues, natural de Paradinha de Outeiro, onde nasceu a 4 de Junho de 1699, sendo baptizada pelo Padre Pedro Serra, de Soutelo da Gamoeda, professou, com licença do respectivo pároco, no mesmoconvento em 1727.
(427) Idem, Cartório Administrativo, Testamentos de Outeiro, 1838, fol. 137.
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Até a do Canto do Inferno, onde pontifica o nosso Manuel RodriguesBenito e onde leram de cátedra um Hermógenes, uma Ana Maria e um João Alves, está mostrando o fino tacto do ridendo castigat mores.
Para que descaracterizar as terras, que é o mesmo que desnacionalizá-las? Para que privar os seus habitantes da história viva do seu passado, onde devem buscar a compreensão do presente e as energias, o fito orientador, para triunfar no futuro; onde devem ir retemperar-se, couraçar-se no espírito rácico, sem o qual não passamos de arquitectos falidos sem plano construtivo?
Camões, Pombal, Herculano, foram santos da Pátria a quem temos obrigação de prestar culto patriótico mas é por outra forma. Não vamos arrancar a árvore própria do terreno onde frutifica admiravelmente substituindo-lhe a exótica, fatalmente condenada ao raquitismo, à míngua de terreno adequado.
Martinho Carlos de Miranda era natural de Rio Frio de Outeiro e foi baptizado em Paredes, concelho de Bragança, residindo depois em Paradinha de Outeiro.
Era filho do «reverendo cónego doutor Manuel de Miranda» e de D. Catarina Martins, ambos de Rio Frio de Outeiro. Casou com D. Perpétua Maria Giraldes, de Soutelo da Gamoeda, que residia em Paradinha de Outeiro e era filha de Diogo José Serrão Vasconcelos e de D. Maria José Jorges, ambos residentes em Soutelo da Gamoeda(428).
Descendência:
4º D. ANTÓNIA AGOSTINHA MIRANDA, que casou e teve D. Ernestina Angélica Miranda,que casou com José de Almeida Melo e Castro, por alcunha o Cazuza, que em Bragança deixou fama como picador: entrou pelas muralhas de Miranda a cavalo e no extremo, sem campo para se voltar, fez rodar o cavalo sobre as patas traseiras por cima dum precipício assombroso; em carreira vertiginosa, o freio regido apenas por delgada fita de seda debruçava-se sob a espádua do cavalo e apanhava do chão uma carta.
Era filho bastardo do conde das Galveias.
O folheto Resposta à Defeza do Senhor Tenente José de Almeida Melo e Castro, Bragança, 1868, 8º de oito pág., aponta algumas das extravagâncias deste oficial, que judicialmente se separou da mulher.
Descendência:
D. Antónia de Almeida Miranda Melo e Castro, que casou com Carlos de Almeida Morais Pessanha, que reside em Mascarenhas. (Ver Pessanhas.)
5º JOSÉ ANTÓNIO DE MIRANDA, bacharel formado em direito, presidente da Relação de Lisboa, onde faleceu pelos anos de 1854, tendo nascido a 30 de Outubro de 1783. Ainda chegou a receber ordens menores (429).
6º ANTÓNIO JOSÉ JOAQUIM DE MIRANDA, que faleceu no Vimioso, onde era proprietário, mas nasceu em Paradinha de Outeiro.
Era formado em matemática pela Universidade de Coimbra e fidalgo-cavaleiro por alvará de 7 de Agosto de 1799 (430).
Fez parte da Legião Portuguesa ao serviço de Napoleão e com ela marchou em 1808 para a França. Fez a campanha da Alemanha em 1809 e a da Rússia em 1812. Era coronel de couraceiros e oficial valente, como mostrou na ponte de Austerlitz, que foi o primeiro a atravessar. Ficou prisioneiro em Moscow, na Rússia, só voltando à pátria aquando da paz geral de 1814. Em 1832 comandou o Batalhão Sagrado, na Ilha Terceira, e exerceu a sub-prefeitura de Setúbal em 1834. Foi também governador civil dos Açores e coronel de milícias de Miranda.
7º MANUEL GONÇALVES DE MIRANDA, formado em matemática pela Universidade de Coimbra (a quem nos referiremos no volume consagrado aos escritores), casou com D. Joana Pereira de Sousa, única herdeira de seu pai António Caetano Pereira de Sousa, cavaleiro da Ordem de Cristo, fidalgo da Casa Real, que lhe deixou uma importante casa em Castelãos, concelho de Macedo de Cavaleiros.
Manuel Gonçalves de Miranda nasceu em Paradinha de Outeiro, concelho de Bragança, a 30 de Novembro de 1780 e faleceu em Lisboa a 5 de Abril de 1841.
Fez com notável bravura as campanhas da Guerra Peninsular, obtendo várias condecorações e promoções por distinção. Foi deputado em várias legislaturas, Ministro da Marinha, por duas vezes e das Finanças, Conselheiro de Estado efectivo, par do reino, sócio honorário da Academia Real das Ciências de Lisboa, grão-mestre da Maçonaria, cargo que exercia quando faleceu e em que lhe sucedeu o célebre ministro António Bernardo da Costa Cabral.
A rude franqueza com que Miranda, sendo ministro em 1821, propôs, quando todos estavam a fugir e a encolher-se, que ou a Rainha jurava a Constituição ou saía pela barra fora, é verdadeiramente típica de um transmontano e lombardês.
Descendência:
I. António José de Miranda, primeiro Visconde de Paradinha de Outeiro, concelho de Bragança (8º, adiante citado).
II. José António de Miranda, que seguiu a magistratura e se aposentou sendo juiz de direito em Vila Real.
Nasceu a 11 de Novembro de 1820 e casou com D. Maria Eugénia de Novais Sá Cardoso.
Descendência:
D. Eugénia Adelaide da Conceição Sá Miranda, que casou em Lisboa a 28 de Fevereiro de 1877 com João Pedro de Alcântara Ferreira e Costa, oficial do exército. Com descendência. (Ver Saldanha.)
III. D. Fábia Emília.
IV. D. Libânia Augusta, que nasceu a 30 de Janeiro de 1816 e casou com Diogo Augusto de Lemos,de Vila Flor.
V. D. Antónia Amélia, que nasceu a 6 de Abril de 1816 e casou com José Caetano Saraiva Caldeira, residente em Almendra.
VI.Martinho Carlos de Miranda, que residiu em Mascarenhas.
8º ANTÓNIO JOSÉ DE MIRANDA, primeiro Visconde de Paradinha de Outeiro, concelho de Bragança. Nasceu naquela povoação a 21 de Março de 1812.
Era bacharel formado em matemática pela Universidade de Coimbra, par do reino, por sucessão, tomando assento na respectiva Câmara em 28 de Junho de 1843; cavaleiro da Ordem da Torre e Espada e proprietário no distrito de Bragança, do qual foi também governador civil. Faleceu solteiro.
Criação do título. VISCONDE – Por decreto de 3 de Maio de 1848.
Residência – Paradinha de Outeiro(431).
O Diário do Governo de 29 de Julho de 1868 traz a relação dos titulares que formavam a Corte, e, entre eles, menciona o par do reino visconde de Paradinha de Outeiro.
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(428) Museu Regional de Bragança, maço Ordinandos, Soutelo da Gamoeda. Ver Soutelo da Gamoeda.
(429) Museu Regional de Bragança, maço Ordinandos-Paradinha do Outeiro.
(430) Livro 30 das Mercês da Rainha D. Maria 1, fol. 231.
(431) SANCHES DE BAENA – Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal, vol. II, p. 227.
Portugal: dicionário histórico, artigo Paradinha de Outeiro (António José de Miranda, 1º visconde de).
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA

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