O seu povoamento remonta ao período anterior à fundação da Nacionalidade.
O habitat de Noveia foi habitado durante a dominação romana e essa ocupação continuou até à Alta Idade Média.
Situava-se numa zona planáltica a nordeste da aldeia de Lagoa. Aí foram recolhidos numerosos materiais de superfície, como fragmentos de telha, alguns tijolos, bastante cerâmica, um peso de tear em xisto, uma mó manual de granito. A cerâmica comum encontrada é, quase exclusivamente, pertencente a grandes talhas, rareando a pequena cerâmica comum.
Os materiais encontrados apontam também para um uso muito funcional deste sítio, de cariz agrícola: dois pesos de tear; um fragmento de bojo de terra sigillata hispânica tardia; fragmentos de cerâmica comum (bordo com arranque de asas, testo com pega; duas asas, dois fundos de recipientes de grandes dimensões, tegulae), escória e dois fragmentos de mós manuais em granito.
De um período ainda anterior, a Idade do Ferro, temos o Castro da Fraga do Castelo. Era um povoado fortificado de pequenas dimensões sobre o rio Sabor. O sistema defensivo era composto, a norte, por um campo de pedras fincadas e duas linhas de muralhas, com um fosso pelo meio. No resto do povoado, as falésias que caiam a pique para o rio tornavam o local inexpugnável. No interior, existiriam vários torreões e só depois a parte habitável do povoado.
Em termos de materiais, foram recolhidos fragmentos de cerâmica (bordos), fragmento de fundo de recipiente de grandes dimensões, fragmento de mó manual em granito e escórias. No sítio do Forno da Velha, na margem direita do ribeiro de Rebolal, existiram vestígios da existência de arte rupestre.
Em dois painéis de superfície lisa, pode ver-se, pintadas a vermelho, uma figura de forma antropomórfica e uma figura geométrica rectangular no primeiro painel; e uma dezena de figuras, entre as quais uma figura antropomórfica, no painel dois. Depois da Reconquista Cristã, veio o repovoamento do território português.
Em Lagoa, tal como aconteceu em muitas zonas desertas do interior, utilizaram-se os incentivos através da instalação de casais. Alagoa, como então se chamava, foi povoada quando Gonçalo Mendes era juiz de Bragança como reguenga e foreira do rei. Foram então criados cinquenta casais.
Em termos administrativos, Macedo de Cavaleiros pertenceu a Izeda até 24 de Outubro de 1855, transitando posteriormente, por extinção daquele, para o concelho de Macedo de Cavaleiros. No que diz respeito ao património edificado, saliente-se a Igreja Paroquial de S. Martinho, de agradável prospecto exterior e com alguns elementos de relativo valor artístico e histórico no interior. Apresenta características de época barroca, caso da talha retabular e dos caixotões pintados no tecto.
Área: 3452 ha
População: 600 habitantes
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Capelas Stº Apolinário, de Stª Bárbara, de Nossa Senhora de Fátima, Capelinha de Stº Arsénio, Sede Freguesia, Centro de Dia, Alminhas, Nicho Stº António, Cruzeiro, Tanque Público, Fonte com Bebedouro para animais com nascente de Lagoa, Fonte de Mergulho, Fontanário da Cruz, Lagares de Azeite, Torre de St Bárbara
Património Paisagístico: Miradouro da Fraga do Castelo com vista para Rio Sabor
Festas e Romarias: Festas de S. Martinho a 11 de Novembro, de Stª Bárbara em Maio, de Stº Arsénio a 15 de Agosto
Gastronomia: Folar de Carne, Peixinhos do Rio, Roscas, Rosquilhas
Locais de lazer: Praia Fluvial na foz do Rio Azivo, Parque Infantil
Espaços lúdicos: Polidespotivo de Lagoa
Artesanato: Tecelagem, Colchas, Tapetes, Rendas, Bordados Regionais
Orago: Stª Bárbara
Principais actividades económicas: Agricultura, Pecuária, Olivicultura, Vitivinicultura, Amêndoa, Panificação, Construção Civil, Carpintaria, Serralharia, Pequeno Comércio
Colectividades: Associação Cultural e Recreativa de Lagoa, Associação de Caçadores de Lagoa
Retratos e Recantos
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