A casa onde nasceu o poeta Guerra Junqueiro, em Freixo de Espada à Cinta abriu ontem ao público, depois de ter sido remodelada pela autarquia.O imóvel tinha sido doado ao município há 66 anos pela família e esteve encerrado até agora. O dia de aniversário do nascimento do poeta, que faria ontem 166 anos, foi a data escolhida para a inauguração do espaço.
A presidente do Município de Freixo de Espada à Cinta, Maria do Céu Quintas, explica que, além da abertura da casa do poeta, há outras iniciativas pensadas pela autarquia com o objectivo de divulgar a vida e obra de Guerra Junqueiro. “Junqueiro já está por toda a vila. Temos painéis em dois locais, agora a casa do poeta, a Casa - Museu Junqueiro Velho, referente ao pai dele…Vamos ter também os painéis com orações em Ligares, que serão inaugurados no sábado e vamos também colocar painéis em todas as aldeias com poesia do Guerra Junqueiro que tenha a ver com cada uma das aldeias”, revelou.
A remodelação da casa onde nasceu o deputado, jornalista e escritor custou cerca de 30 mil euros e teve a comparticipação de fundos comunitários. Esta inauguração insere-se no programa da iniciativa “Guerra Junqueiro: de Freixo para o Mundo”, que até amanhã prevê várias iniciativas com o objectivo de divulgar a vida e obra do autor, como conferências e tertúlias.
Amanhã destaque para a inauguração de painéis em Ligares, onde figuram orações que foram recolhidas e compiladas da tradição oral por Guerra Junqueiro.
Ontem foi inaugurada a exposição “Guerra Junqueiro-Torna Viagem”. Uma colecção privada de Paulo Sá Machado, que se dedica ao estudo de autores portugueses. O portuense desvenda um pouco daquilo que se pode encontrar nesta exposição.”É uma exposição iconográfica. Além das primeiras edições de livros do autor, de outros livros em que se fazem referências ao poeta, a exposição tem bustos de Guerra Junqueiro, medalhas, e uma série de coisas que são apresentadas pela primeira vez. No fundo, tem coisas que, suponho eu que são raras, e que nunca foram apresentadas ao público. Resulta de uma recolha de coisas sobre Guerra Junqueiro, ao longo de trinta anos, e que agora vieram até Freixo. É por isso que eu chamo à exposição ‘Guerra Junqueiro - Torna Viagem’ “, explicou.
E quanto à obra de Guerra Junqueiro, Paulo Sá Machado lamenta que ainda não seja suficientemente valorizada. “A obra de Guerra Junqueiro está esquecida completamente e hoje ele e o Eça seriam uma dupla imbatível na crítica ao sistema politico actual e à sociedade. Eça através do romance e Guerra Junqueiro através da poesia. Guerra Junqueiro é um dos grandes poetas que deveriam estar presentes nas nossas escolas e que, infelizmente, desapareceram. Tenho livros da escola primária dos anos 40 e 50 em que aobra dele aparecia mas já há décadas que está esquecido. Havia que tornar a pô-lo presente porque é um poeta extraordinário", frisou.
Além da exposição “Guerra Junqueiro - Torna Viagem”, patente no Auditório Municipal de Freixo de Espada à cinta, foi também inaugurada ontem a exposição “De Freixo para o mundo”, deHenrique Manuel Pereira, que se encontra na Praceta do Município.
Escrito por Brigantia
Sara Geraldes
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