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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Castro de São João das Arribas datado da Idade do Ferro

Um grupo de especialistas está a desenvolver as sondagens arqueológicas no castro de São João das Arribas, concelho de Miranda do Douro, um povoado datado da Idade do Ferro, com uma forte componente romanizada.
Segundo a arqueóloga coordenadora do projeto, Mónica Salgado, este trabalho terá uma duração de quatro anos e todos os anos serão realizadas sondagens de forma a melhor perceber a ocupação ao longo dos séculos do castro, que está classificado como Monumento Nacional desde 1910.

"Este castro poderia ter sido ocupado nas idades do Bronze, do Ferro, e posteriormente romanizado. Teve ainda utilização na Idade Média. Agora, a função dos arqueólogos e toda a equipa será documentar todos estes períodos de ocupação e utilização daquela fortificação", explicou a arqueóloga.

Até ao momento já foram feitas quatro sondagens arqueológicas tendo aparecido moedas, cerâmica, e estruturas de origem romana, com a indicação que se situam entre os séculos III e IV depois de Cristo.

"São inúmeros os investigadores, arqueólogos, historiadores e tantos outros interessados que escrevem e apontam hipóteses para como e quando decorreu a ocupação humana do sítio, com especial ênfase no processo de romanização dos Zoelas", destaca a e equipa de investigadores, no local.

Pedro Pereira, arqueólogo do Centro Transdisciplinar Cultura, Espaço e Memória da Faculdade de Letras da Universidade do Porto disse que na região do Douro poucos castros foram escavados no último meio século.

"Não havendo escavações, não se sabe o que havia nos castros. Não sabemos com se processou a romanização destes sítios. Agora, o importante é perceber da forma como os romanos chegam as estas fortificações e interagem com as populações locais", frisou.

Contudo, uma estela romana, de origem militar, descoberta em São João de Arribas, fez desde cedo com que o sítio fosse conhecido pelos investigadores.

No terreno estão ainda uma dúzia de voluntários, recrutados e orientados pela Palombar - Associação de Conservação da Natureza e do Património Rural, no âmbito de um campo de trabalho voluntário internacional que reúne jovens provenientes da República Checa, Itália, Bélgica, França, Croácia e China.

Os trabalhos contam com os apoios de uma conjunto de entidades, com especial relevo para a Palombar, Câmara de Miranda do Douro e para a Junta de Freguesia de Aldeia Nova.

O castro e miradouro de S. João das Arribas localiza-se em pleno Parque Natural do Douro Internacional, junto à localidade de Aldeia Nova, no concelho de Miranda do Douro, distrito de Bragança.

Agência Lusa

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