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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Quanto custa pensar… Bragança...sem demagogia? "MEMÓRIAS"

Tenho lido, em páginas pessoais e colectivas, no facebook, muitas opiniões e comentários sobre o “imbróglio” causado por um autocarro que ficou imobilizado em plena Praça da Sé.
Uns, culpam o motorista que não esteve atento, como lhe competia, ao sinal de trânsito que o impedia de prosseguir pela respectiva via. Outros culpam os responsáveis pela actual estrutura da Praça da Sé e da Zona Histórica.
Permitam-me que me pronuncie sobre o assunto com base num outro prisma…O MEU.
O que queremos para Bragança? O que queremos para a Zona Histórica?
O que está feito, feito está.
Vale a pena, com coragem, alterar o paradigma, que levou a uma Praça da Sé e ruas limítrofes, preferencialmente para peões, e há anos sem peões?...nem pionças…
Deixamos estar como está e, que se lixe, os motoristas dos autocarros que olhem, como lhes compete, para os sinais de trânsito.
A época propicia o discurso demagógico. Ano de eleições. É assim em todo o lado e nós não poderíamos ser a exceção. Populismo, demagogia, mentira, bluf…hipocrisia, memória curta etc, etc.
No caso em apreço o que importa?
- Saber de quem é a culpa do acontecido? Do motorista…provavelmente. E é isso que importa?
NÃO, NÃO E NÃO.
O que importa é saber se queremos, ou precisamos mesmo, que os autocarros possam circular “à vontade” na Zona Histórica! Os autocarros, os carros ligeiros, as motas, as bicicletas, as carroças de burros, os burros sem carroça e as pessoas.

Sonho: Um autocarro, repleto de turistas, chega à Praça da Sé:

- Olhai pessoal….Igreja majestosa. Vamos visitar.
- Curioso aquele edifício redondo ali ao lado.
Saíram do autocarro. Eram 62…mais o motorista, que não viu nenhum sinal que o proibisse, a ele, ao autocarro e a mais 62…de ali irem “aportar”…
Saíram do autocarro. 
Os "travesseiros" do Flórida esgotaram em minutos. Pudera, até eu agora comia um. A esplanada encheu de repente e a velhinha urbe resplandecia. Num “de repente”, o Chave de Ouro serviu mais de 40 cafés, fez mais de 30 sandes, vendeu umas raspadinhas e meteu uns euros milhões. Pronto, também vendeu uns maços do malfadado e perseguido tabaco.
Os mais jovens espreitaram a travessa da misericórdia…a Taska é convidativa, diferente, gerida por jovens e com um ambiente que faz lembrar os tempos de que os Pais e os Avós lhes falam…e cantaram as canções de antigamente, sabiam a letra que tantas vezes ouviram cantar...e gostaram dos petiscos.
Os mais velhotes, cansados da viagem, ficaram-se na esplanada do Goal Keeper…onde beberam uns sumos e comeram uns bolos.
Foram visitar a Igreja da Sé. Encheram a caixa das esmolas e ficaram maravilhados com a nossa velhinha Catedral.
Sete dos turistas, mais conservadores, aproveitaram para engraxar os sapatos nos dois Graxas que ali "montaram" o estabelecimento.

Escurecia…

- E se jantássemos por aqui em vez de irmos, já diretos, para Zamora?
Votaram.
Decidiram por ficar.
O restaurante Poças serviu uns 40 jantares... .
O Emiclau foi um "vê se te avias".
No Praça 16…,para além da exposição sobre a nossa terra e a nossa gente, atuava um grupo de música tradicional. Na Taska um duo de violas tocava música dos anos 70…o Chave d´Ouro continuava a servir muitos cafés, a vender raspadinhas e a meter euro milhões. Na esplanada do Goal Keeper, estava-se tão bem a sentir uma brisa fresca depois de um dia de calor infernal…e ouvia-se música country…
Dois deles olharam para o fundo da rua direita.
- E se fossemos até ao Castelo…é já ali. E foram, eles e mais uns 15…beberam umas garrafas de água na Tasca do Zé Tuga. Gostaram do ambiente e prometeram voltar um dia à Tasca para um regalado repasto.
Um jovem casal "aventurou-se" até à avenida João da Cruz e sentados na taça fizeram juras de amor eterno...
O pessoal do autocarro…que não devia ter passado por ali…juntou-se à festa…!
Para o ano voltamos…e fizeram amigos.
E Bragança esteve viva.
Estão, mesmo agora, a chegar mais dois autocarros. Têm quartos reservados no novo Hotel da Travessa da Misericórdia… .

AFINAL O QUE ESTÁ MAL?

O motorista do autocarro que não reparou no sinal?

Ou o que impede todos os motoristas, de todos os autocarros, de passarem na nossa Praça da Sé?

O sonho comanda a vida!...

HM

8 comentários:

  1. Brilhante forma "romanceada" de mostrar o que faz, e tem feito, falta à nossa cidade!!! Trazer até ao âmago de Bragança as pessoas e os turistas não se compadece com limitações e visões curtas!

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  2. Gostei, Henrique e de que maneira! Há quem se lamente por ter ruas estreitas que não podem ser abertas ao tráfego. Em Bragança alguém pensou que as ruas da baixa eram muito largas e que seria melhor para os cidadãos se as tornassem mais estreitas. Se bem «mal» pensaram melhor o fizeram, mas enfim como dizes está feito, mas não foi por isso que deixaste de sonhar..Claro que gostei muito do sonho assim narrado por ti. Se outros assim tivessem sonhado antes, talvez tivessem ficado com a mente mais aberta voltada para a realidade não só da nossa cidade mas de todos os cidadãos... mas são esses iluminados sem carroça que mais gostam de andar a reboque.
    Um Abraço.

    Eduardo Mesquita

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  3. Ó Henrique... Mas isso é pura demagogia! Então se o autocarro estacionar na avenida João da Cruz não podem os turistas fazer o mesmo? Ah... O chefe d ouro vende menos cafés... E o gol keeper? Mas vende mais o príncipe. Não essa argumentação não me convence.

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  4. Seja na Praça da Se seja na Avenida? Quantos sonhos como esse são reais?! Infelizmente nos tempos que correm muito poucos e o centro histórico lá está, perdido e abandonado, entregue às moscas e aos poucos que por lá ainda param! Pura demagogia?! Trata-se de uma mera analogia daquilo que poderia e deveria ser a realidade é infelizmente não o é, não por culpa dos motoristas que não vêem os sinais de trânsito, mas das infelizes opções políticas dos últimos (largos) anos, que votaram o nosso centro ao abandono e com ele p comércio e restauração que lá existia! Seja ele o príncipe ou o chave douro o que eu concordo inteiramente nessa argumentação que alguns infelizmente consideram demagógica é que o importante é pensarmos o que queremos para o nosso centro histórico ou se é este o centro histórico perdido e abandonado que queremos. Contam as lendas do burgo que um político de Lisboa chegou a Bragança já lá não ia há muito tempo e foi só elogios que estava tudo muito bonito. Os da terra que assistiram disseram ao senhor que tais elogios se deviam ao facto de ele não viver lá... pois o bonito muitas vezes não é funcional nem prático. Com o tempo veio - se a ver que nem para os da terra nem para os turistas que infelizmente são cada vez menos os que por lá param e deixam lá algum dinheiro para ajudar as gentes da terra! O centro está bonito assim estrangulado? Gostos não se discutem e alguns podem dizer que sim. Cá por mim diria que importa pensar... pois infelizmente se uma das nossas riquezas pode ser o turismo... nem esse aproveitamos de forma adequada!

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  5. Bom dia Henrique e a todos os internautas que visualizam este blog.
    Para quem, como eu por motivos profissionais, tive de me ausentar da minha querida Bragança, primeiro para Macedo de Cavaleiros e desde à 5 anos, para o hemisfério sul, mais concretamente para a Cidade de Benguela em Angola, sempre que vou a Bragança passar as minhas merecidas férias, sinto uma dor na alma e um desapontamento ao deparar-me com aquilo que o henrique relata de aqui de uma forma "mui engraçuda".
    Estive este ano que passou e mais alguns dias na minha/nossa linda cidade até ao dia 5 de fevereiro, já à bastante tempo que nao passava tanto tempo seguido em Bragança. Deu, fruto do tempo que tinha ao meu dispor, de palmilhar a pé, ruas e ruelas e vielas da nossa zona histórica, começando no centro da cidade e acabando outra vez no mesmo centro da praça da sé.
    Passei pela zona de intervenção do fervença, segui até ao castelo, sempre junto ao rio... caminho da vila, entrei pela porta de trás, ao pe do zé da tasca, fui ao celta retemperar as forças e desci pela costa grande ate ao principal e subi pela rua direita ate à praça da sé.
    Para quem como eu, iniciou a sua actividade profissional ja la vão uns 30 e tal anos, e a iniciou na rua direita, na famosa loja do Waldemar Barreira (electrónica) e se lembra daquela rua a fervilhar de actividade, de gentes que nas reparticoes publicas por ali circulavam, no comercio que agora está todo abandonado e em declínio arquitectónico, dá pena... e pior que tudo, ficamos a pensar que se calhar nao foi tão bem aproveitado como deveria ser, o programa Polis e as intervenções nesse âmbito realizadas.
    Era sim necessário intervir...mas talvez de uma outra forma...
    Quem nao se lembra do movimento do mercado municipal da praça camoes...quem o viu, e quem vê como eu vi este natal o movimento no novo mercado...triste, vazio, sem tradição, sem produtos ditos de "ir à praça"
    Pergunto eu, foram feitas consultas publicas acerca das opcoes tomadas? poderiam ter feito de outra forma? podiam...de certeza que podiam...
    Até o mercado municipal podia ter-se mantido ali... ate podiam ter feito o parque subterrâneo na mesma... ja era forma de levar gente ao centro histórico...
    Mas visto que o nao fizeram desta forma... dinamizassem ao menos esta praça... nao somente no natal como tem sido habito nestes últimos anos, mas ao longo de todo o ano... quem de nos como raianos nao sabe ou nao conhece a Pujança das plazas mayores dos nuestros hermanos bem ali perto...
    Dinamizassem em forma de incentivos, a instalação do comercio, tascos, tascas, bares, restaurantes, lojas de artesanato, utilidades... nessa praça... alguma coisa podia ser feita pra reverter a situação... tentem ao menos... se nao resultar, ao menos ninguem os pode acusar de nao terem tentado...
    Algo precisa ser feito, nao só nesta praça, como nas zonas envolventes... tome-se somente como mais um exemplo, de muitos que poderiam ser tomados, a rua alexandre herculano, onde antigamente nao sendo pedonal tinha nao sei quantas vezes mais gente a circular por ela do que no presente... também com o comercio que ali existia e que agora existe, so quem nao quer ver é que nao entende que algo tem de ser feito...
    e tenho dito, pois isto ja vai longo demais...
    um forte abraço a todos os bragançanos, brigantinos ou o que o for... e em especial ao amigo hangerinaques com quem ja nao estou desde os tempos em que fui trabalhar para a Sa Carneiro para o Querubino da NQR, onde de vez em quando me pedia os meus préstimos para ir la a casa resolver os bugs informáticos, desde que a gata nao se passeasse por cima do teclado...

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  6. Um sonho lindo ,mas,irreal. Mas o sonho aconteceu no tempo passado, e não passou disso!-Mas ,outra vez ,mas , hoje a Praça da Sé tem de novo gente como todos podem verificar e tão só porque os Cafés e Restaurantes estão abertos ! Ah, também porque hoje sábado , houve uma freirinha à qual não se tecem encómios mas que também ajuda a chamar o pessoal! Se continuarmos a ter o comércio da Restauração a funcionar ,podeis ter a erteza que não falta gente! Eu clamei por isso e parece que resultou, de repente aparece um casal que numa semana transformou o Flórida,surge o Eurico Castro com a sua excelente mania de fazer coisas dôces e bonitos , o Chave d'Ouro também acompanha e a tasquinha onde era o Guilherme da Cas dos Acessórios , serve uns lindos copos de bom vinho português , mais uns bocadinhos do queijo portuga e resolveu-se um problema que alguns julgavam insolúvel! Podem os autocarros ficarem distantes , precisamos mesmo é que párem , saiam as pessoas e chegadas à Praça da Sé tenham alguém que lhes sirva um café , um quarto de águas ou mesmo uma boa refeição do que de melhor houver por estas terras! E resolve-se um problema que há anos me ( nos ) trazia deprimidos! A O dos Santos ( Bombadas ).

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