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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

A felicidade no melhor pão

A minha Mãe «ensinou-me» a comer de tudo o que se põe na mesa. Não podia haver as palavras, «não gosto». 
Como benjamim da casa sempre teve muita paciência comigo para evitar usar o lenço de cinco pontas. Quem andasse sempre a bater nos filhos era criticado por não saber educar e impor o respeito. 
Assim hoje, gosto de comer todas as comidas tradicionais e saudáveis das nossas aldeias. Dos alimentos que mais me fascinam é o bom pão trigo e, principalmente, o pão centeio. Parece que as boas farinhas, dos fornos e os enormes pães quentes espalham no ar o seu aroma inconfundível e que me aveludava a alma. Por isso, sou muito exigente com a qualidade do pão que como. Rejeito a maioria do que se produz nas padarias vulgares e nem me falem em «padarias de pão quente». 
São massas congeladas com conservantes (venenos para o corpo), ainda que os aromas artificiais sejam voltados para o gosto do consumidor. Depois, a textura, o aspecto e a digestão desfazem as boas impressões iniciais. 
O pão que compramos, se o comermos dois ou três dias depois de o termos em casa, conhecemo-lo melhor (às vezes delicio-me com pão de três ou quatro dias). Fascina-me o pão centeio da Padaria Moutinho, em Argeriz – Valpaços; da Padaria Guerra, em S. Pedro Velho e da Padaria Zelita, no Cruzamento da Bouça, ambas no concelho de Mirandela. A Padaria Zelita faz-me o pão coradinho, bem cozido, e ao pegar nele apodera-se de mim a felicidade de quem leva o que há de melhor, um deleite para a vista, para a alma e para o palato. 
Era interessante Mirandela fazer a Feira do Pão, para estimular a qualidade, com um concurso de prova cega. Concurso que defendo, também, para as alheiras.

Jorge Lage
in:atelier.arteazul.net

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