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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Empresários já têm uma base de dados para planear investimentos a Norte

A plataforma N-Invest, ainda em construção, totaliza 407 áreas empresariais e dá informações sobre os terrenos lá disponíveis, as infra-estruturas que as servem e as acessibilidades a auto-estradas, creches e instituições de ensino superior.
O ministro Adjunto Pedro Siza Vieira
 tem dado a cara pelo projecto N-Invest
Um investidor que tenha na mira o Norte de Portugal para começar ou expandir o seu negócio já dispõe de um site para consultar não só as áreas empresariais e os lotes disponíveis para o instalar, mas também os serviços e infra-estruturas que funcionam na envolvente dessas áreas – ETAR, fibra óptica, ponto de recolha de resíduos urbanos e transportes públicos, por exemplo – e as distâncias mais próximas a infra-estruturas como o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, o Porto de Leixões, auto-estrada, terminal ferroviário, creche e unidades de ensino superior e de alojamento.

A plataforma electrónica N-Invest, criada pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) graças a um investimento de 985.000 euros – o programa Norte 2020 apoiou o projecto com 837.000 euros, com recurso ao FEDER – , visa a criação de uma “identidade comum entre o tecido empresarial da região” para facilitar a organização dos espaços empresariais e o aparecimento de novos investimentos, realçou o vice-presidente da associação empresarial, Luís Miguel Ribeiro, presente, na terça-feira, em Barcelos, na terceira sessão de apresentação da base de dados – passou, em Setembro, por Bragança e Carrazeda de Ansiães.

Convicto de que Portugal precisa de aumentar os volumes de investimento e de exportações para “crescer de forma sustentável” e de que a produtividade só pode subir com melhores equipamentos, o dirigente associativo realçou também que a base de dados é um instrumento para reduzir a burocracia – presta também informação sobre constituição de empresas e incentivos –, para sinalizar as empresas a operar em locais inadequados, para facilitar a ligação dessas mesmas empresas a organismos públicos e a centros de investigação, e até para potenciar a economia circular – ciclos de produção fechados, com recurso a matérias-primas antes utilizadas. Luís Miguel Ribeiro não conseguiu, para já, apresentar uma estimativa do montante que a plataforma vai ajudar a captar.

Além de mapear as empresas fornece ainda dados socioeconómicos sobre os 86 municípios e as oito sub-regiões – Alto Minho, Cávado, Ave, Área Metropolitana do Porto (AMP), Alto Tâmega, Tâmega e Sousa, Douro e Trás-os-Montes – que compõem o Norte, região que, segundo a AEP, está na origem de 40% das exportações do país e de 30% do PIB.

No final da sessão, a directora da AEP para a competitividade, Paula Silvestre, frisou que a N-Invest surge numa “fase crítica”, pouco antes do lançamento do próximo quadro comunitário, Portugal 2030, que vai incidir sobretudo nas áreas dos transportes e mobilidade, da acção climática e na dos custos energéticos, a seu ver, “essencial para a competitividade das empresas”.

Iniciado em Abril de 2017, o projecto está ainda em curso, tendo conclusão prevista para Março de 2018. Uma das iniciativas ainda em curso é um inquérito às Câmaras Municipais, a cargo da empresa de consultoria Ernst & Young. A iniciativa, explicitou o representante da empresa, Hermano Rodrigues, visa obter informação sobre o ambiente de investimento em cada município e sobre indicadores como modelo de negócio, estrutura accionista e estrutura de financiamento das empresas.

Empresários realçam necessidade de mais organização

A sessão de terça-feira decorreu num município da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado, que, segundo dados recolhidos de 2017 e de 2018 compilados pela AEP, é a terceira sub-região mais exportadora do Norte, com 2,56 mil milhões de euros, atrás da AMP (11,23 mil milhões) e do Ave (3,99 mil milhões), mas a segunda com mais despesas em investigação e desenvolvimento (97,7 milhões).

Actualmente na liderança da CIM Cávado, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, realçou que a N-Invest traduz um compromisso entre empresários e poderes públicos para a “atracção de novos investimentos e para a expansão dos negócios já existentes”. O autarca deixou ainda o repto para outras entidades, como imobiliárias, disponibilizarem dados sobre a região, de forma a tornar mais rápida a pesquisa dos investidores.

Os empresários da região também marcaram presença. Proprietário de uma estamparia têxtil que começou a funcionar em 2009, em Barcelos, com três trabalhadores, Adelino Rafael viu-se obrigado a mudar de parque industrial, visto não ter espaço para expandir a empresa na primeira área empresarial que ocupou. O empresário constatou, durante a sessão, que muitos dos parques industriais não estão ajustados para investimentos de maior dimensão, quer por não estarem preparados para a expansão das empresas, quer por não estarem preparados para camiões TIR.

Outro empresário do ramo têxtil, César Vilas Boas, mostrou-se convicto que a plataforma vai ajudar as empresas a nível de organização. À frente de uma empresa de bordados há 22 anos, que tem 45 trabalhadores e obteve um volume de negócios de 1,2 milhões de euros em 2017, o responsável salientou que o parque industrial onde se encontra está retalhado por terrenos com casas, com áreas agrícolas e áreas florestais, mas, ao mesmo tempo, a deslocalização é proibitiva pelas indemnizações que teria de pagar. “Talvez o Plano Director Municipal esteja mal organizado”.

Agência Lusa/RUI FARINHA

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