“Este é um projeto que tem tido uma projeção muita grande. A ideia foi extraordinariamente inovadora, é alvo de uma patente internacional que já está aprovada e esperemos que tenha um potencial económico interessante. O vinho já está no mercado, em parceria com a Quinta da Palmirinha. É um projeto que já vem de há muitos anos mas que agora está numa fase avançado, e em que os produtores já estão a utilizar.”
A investigadora adianta que o objectivo era contribuir para a produção de vinhos sem a adição de sulfitos, que ajudam a conservar a bebida, mas que podem ser substituídoa por uma alternativa mais natural:
“A flor de castanheiro substitui os sulfitos, que são compostos artificiais utilizados no vinho como anti-microbianos e anti-oxidantes, que ajudam na sua conservação, mas que têm muitos efeitos secundários associados. Esta flor é uma alternativa natural, sem toxicidade.”
O IPB está agora a estudar a melhor alternativa para fazer chegar este produto ao mercado em maior escala:
“Até este momento foi o Centro de Investigação de Montanha que produziu os ingredientes que foram incorporados no vinho. Não quisemos fazer a transferência para o mercado até termos as questões acauteladas do ponto de vista da propriedade industrial. Agora que está aprovado, estamos a ponderar quais são as possibilidades. Neste momento, gostaríamos que este ingrediente fosse utilizado de forma mais disseminada e que aparecêssemos como pioneiros a nível mundial na exploração da flor de castanheiro para estes efeitos. Depende depois da aceitação que vai ter no mercado.“
Este é mais um dos produtos inovadores que nasceu no Instituto Politécnico Bragança, no sector da castanha, depois do desenvolvimento de farinhas deste fruto seco e do DICTIS, um produto biológico para o tratamento do Cancro do Castanheiro.
INFORMAÇÃO CIR (Rádio Brigantia)
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