Ainda assim, os encarregados de educação brigantinos mostram-se preocupados porque não sabem a quem deixar os filhos, ainda menores. Alguns dos pais dizem que vão mesmo recorrer ao apoio da segurança social. “Ainda estou a tentar tomar uma decisão. Caso tenha que trabalhar, de manhã ainda tenho o meu marido para ficar com o nosso filho mas à tarde tenho que arranjar uma solução se não vou ter que meter baixa”, contou uma encarregada de educação. “Fica com o pai, vai usufruir ele da situação que o Estado vai garantir”, referiu outra encarregada de educação.
Os pais que recorram ao apoio, porque têm filhos com menos de 12 anos, vão receber 66% do seu ordenado mas o valor não agrada a todos. “Isso é muito pouco mas primeiro a saúde. Depois, economicamente, vamos tentar dar a volta”, disse uma encarregada de educação. “Devido às condições em que está o país... tem que se aguentar”, contou um outro encarregado de educação.
Sandra Macieira é auxiliar educativa numa escola de Bragança. Apesar da escola onde labora estar encerrada, tem que ir trabalhar na mesma. Não tem a quem deixar os filhos e queixa-se que o valor do apoio é muito pouco para ficar em casa a cuidar deles. “Tenho que ficar em casa mas tenho que ver se o consigo deixar com alguém porque outros dias tenho que trabalhar porque não posso ficar sem receber. Concordo que as escolas fechem mas deviam ter a capacidade de um dos pais poder ficar em casa e receber o ordenado total”, explicou uma mãe. “
As escolas estão encerradas a partir de hoje e, pelo menos, até dia 9 de Abril, como forma de prevenir a propagação da pandemia.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais
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