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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Agricultores da região procuram novos mercados e temem não escoar a totalidade da produção

Os produtores agrícolas ainda continuam a adaptar-se aos condicionamentos da pandemia.
Os pequenos produtores de hortícolas e frutícolas da região estão ainda com grandes dificuldades para vender os seus produtos. Apesar da reabertura de feiras e mercados, o principal meio de escoamento, os produtores temem que parte da produção possa não ser vendida. O presidente da Associação de Agricultores do Vale da Vilariça, José Almendra, antevê constrangimentos nas vendas em particular dos frutos e hortícolas mais perecíveis.

“Mesmo com o desconfinamento, até agora só poucos mercados estão a trabalhar. Isso causa constrangimentos na venda. Frutos, como cereja e damasco, estão já a ser colhidos. Aguentam muito pouco tempo e a maioria dos mercados ainda não está a funcionar, por isso muitos frutos não vão ser vendidos”, afirma.

No caso dos produtores de maior dimensão também se antevêem problemas, com a possibilidade da descida do valor pago.

“Como são frutos perecíveis e não é possível o armazenamento durante muito tempo, a dificuldade de comercialização pode ser maior. Se houver manos procura é previsível que o preço desça”, refere.

Adriano Andrade é produtor de cereja no Vale da Vilariça, no concelho de Alfândega da Fé. Tem 4 hectares em produção e mais 7 hectares plantados recentemente. Não espera problemas de mão-de-obra, porque os trabalhadores são locais, mas tem de cumprir as normas de segurança alimentar mais exigentes, o que implica custos acrescidos com luvas, máscaras e produtos de higienização. Já quanto à distribuição não será tão fácil e está a procurar novos mercados para escoar a produção, que este ano andará entre as 15 e as 20 toneladas.

“Tínhamos vários clientes, nomeadamente vendedores a retalho na zona de Aveiro e vamos ter alguma dificuldade, pelo que tivemos de diversificar. Estamos a fazer contactos para conseguir novos clientes e vender toda a produção”, destacou.

Por outro lado, as pessoas parecem apostar mais nas hortas. Por isso a venda de plantas tem crescido, como testemunha Sandra Luciano, de Cabanelas, concelho de Mirandela, que produz e vende legumes. “Quem vai para comprar, compra. Porque as pessoas têm medo que não chegue e pode haver uma crise de fome. Quem levava um molho ou dois, agora leva três ou quatro”, sustenta.

A incerteza continua a ser uma constante na vida dos produtores agrícolas da região, em tempos de pandemia. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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