A vítima, um homem com 66 anos de idade, padece desde muito jovem de atraso mental moderado, sofrendo ainda de uma doença oncológica, e não tem qualquer resguardo familiar.
A PJ apurou que entre meados de junho de 2017 até à atualidade, a vítima pastoreava um rebanho de cabras sem direito a retribuição e a alimentação era claramente pobre e insuficiente para o dia de trabalho. A partir de maio de 2019 o casal de suspeitos arrendou um espaço de arrumos, num campo agrícola, onde a vítima passou a viver em permanência, acompanhado de animais. O espaço arrendado não dispunha de água, luz, higiene ou quaisquer condições de salubridade. Desde essa data até setembro não tomou banho ou mudou de roupa, recebendo comida em más condições, uma vez por dia. O casal ainda se apoderava da reforma que o homem tem direito e que ronda os 500 euros. Ao longo dos anos em que foi escravizado o pastor nunca recebeu nenhum tipo de assistência médica ou tratamento apesar de padecer de cancro.
A vítima foi retirada do domínio dos suspeitos e colocada em instituição de acolhimento a pessoas vítimas deste tipo de crime.
Os detidos, após apresentação a primeiro interrogatório judicial, ficaram proibidos de contactar ou aproximar-se da vítima.
O caso chegou ao conhecimento das autoridades na sequência de uma denúncia.
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