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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Vinhais pondera Feira do Fumeiro só com produtores tradicionais

 A realização da Feira do Fumeiro de Vinhais está posta de parte com a dimensão que ganhou em 40 anos, mas o município transmontano anunciou hoje que pondera a possibilidade de manter o evento com outros moldes.
O mês de fevereiro é a data habitual da feira do fumeiro que projetou este concelho do distrito de Bragança e, a quase três meses da próxima edição, a única certeza ditada pela pandemia covid-19 é que “dificilmente seria possível” repetir as enchentes dos anos anteriores com milhares de visitantes, gastronomia, espetáculos, concursos e centenas de expositores.

O cenário foi traçado à Lusa por Luís Fernandes, presidente da Câmara de Vinhais, a entidade organizadora em parceria com organizações do setor, que já começaram a preparar a época da fileira que movimenta anualmente cerca de 10 milhões de euros.

Muitos dos produtores regionais do fumeiro certificado trabalham para a feira e, nos quatro dias que o evento dura, escoam tudo o que produzem.

As restrições sanitárias da pandemia impedem a repetição do evento nas condições normais e, por isso, a Câmara Municipal está a criar condições para assegurar que os produtores vão conseguir escoar o fumeiro, como indicou à Lusa o autarca, Luís Fernandes.

Uma das possibilidades em estudo é “criar condições para haver venda presencial”, no habitual pavilhão municipal onde decorre a feira, e “ter só os expositores de fumeiro e haver entradas limitadas” de visitantes.

Paralelamente, a autarquia oferece também uma plataforma online de venda com a garantia de transporte e entrega das encomendas junto dos consumidores.

O presidente da Câmara salientou que “não é difícil os produtores venderem o fumeiro, até porque muitos têm clientes fixos de ano para ano”.

Devido ao contexto atual, o município entende que é necessário dar apoio, sobretudo aos pequenos produtores, para haver condições para que os clientes possam deslocar-se a Vinhais a levantar os produtos ou ser a autarquia a fazer chegar as encomendas aos interessados.

A época da produção do fumeiro começa em dezembro, depois das primeiras geadas, com o frio a propiciar o acender das lareiras que hão de fumar e secar os enchidos.

O presidente da Câmara disse à Lusa que tem notado que “o sentimento dos produtores é de preocupação tendo em atenção o contexto atual” e que “poderá haver alguns que tenham mais dificuldade”.

“Por isso é que estamos a motivá-los e a garantir que haverá forma de vender os produtos”, enfatizou.

Uma das medidas imediatas da autarquia é o apoio às matanças tradicionais, “um dos momentos marcantes ao nível do convívio social e familiar” neste concelho e que, este ano, “não é possível nem desejável, de forma a proteger a saúde de todos”, como alerta a autarquia.

A Câmara de Vinhais vai assegurar o transporte dos animais a quem manifestar essa intenção, para que a matança do porco seja feita no matadouro municipal, por metade do preço habitual do abate.

O presidente da Câmara de Vinhais, o socialista Luís Fernandes, entende que também o Governo tem uma forma de ajudar os produtores se atender à reivindicação da redução da taxa de IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) para o mínimo de 6% para os produtos certificados com Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP).

O município de Vinhais já fez chegar esta reivindicação ao Governo, assim como a Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes.

A autarquia aponta a realidade do próprio concelho que tem nos produtos à base do porco Bísaro, uma raça autóctone também ela protegida, sete produtos tradicionais reconhecidos com IGP, nomeadamente o salpicão, a chouriça de carne, a alheira, o butelo, a chouriça doce e o chouriço azedo e o presunto.

HFI // ACG  Lusa

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