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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Presidente da Refcast diz que a principal ameaça dos castanheiros já não é a vespa

 A vespa da galha do castanheiro já não é a principal ameaça dos castanheiros. O grande problema já o era e continua a ser a doença da tinta, afiança José Laranjo, presidente da Associação Portuguesa da Castanha, a Refcast:
“O grande problema continua a ser a doença da tinta, que provoca a seca de milhares de castanheiros em Portugal. O problema agrava-se em anos quentes e secos. Quando um castanheiro seca deixam-se de ser produzidas de 30 a 50 kg de castanhas.

Devem ser muito raros os soutos que não têm falhas de castanheiros provocados pela seca devido à tinta.”

A luta biológica com o parasitoide Torymus Sinensis, que se alimenta das larvas da vespa, iniciada em 2015, acabou por controlar a praga que apareceu em Portugal um ano antes:

“O facto de termos atuado no momento certo fez com que a vespa não se tornasse a ameaça que todos temíamos e que levou a uma quebra de produção de castanha em Itália de mais de 80%. Lá começaram a fazer o tratamento contra a vespa com libertação do parasitoide seis anos depois de ela se ter instalado. Olhando para o exemplo italiano, em Portugal estávamos muito assustados.

Talvez isto também nos tenha ajudado a ser mais pró-ativos na implementação da solução.”

Com a vespa das galhas dos castanheiros controlada, José Laranjo diz que agora é preciso evitar fazer asneiras nos soutos:

“Como fazer trabalhos nos soutos que estraguem todo o equilíbrio que eles tem instalado, pois nunca mais vamos deixar de ter vespa e vamos ter sempre o parasitoide.

Isto vai dar em ciclos de, mais ou menos, cinco ou seis anos, porque estas duas populações dependem uma da outra e vão andar em equilíbrio. Vamos ter anos em que a vespa vai aparecer com mais incidência, porque entretanto a população do parasitoide também caiu por falta de alimentação.

Havendo mais vespa, o parasitoide vai parasitar mais e a sua população vai crescer, porque um precisa do outro.”

A vespa das galhas do castanheiro não vai desaparecer dos soutos, mas não será a ameaça destruidora que se temeu quando apareceu, há seis anos, no nosso país.

INFORMAÇÃO CIR (Rádio Ansiães)

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