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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Rio de Onor, a aldeia comunitária que é partilhada por Portugal e Espanha

 Rio de Onor é considerada uma das 7 Aldeias Maravilhas de Portugal, tendo sido distinguida em 2017 na categoria “Aldeias em Áreas Protegidas”. Encontra-se no Parque Natural de Montesinho, no distrito de Bragança e deve o nome ao rio que a atravessa.


Partilha com a aldeia alentejana de Marco uma característica única. É atravessada a meio pela fronteira internacional entre Portugal e Espanha, com ambas as partes conhecidas pelos seus habitantes como “povo de acima” e “povo de abaixo”.  É também, juntamente com as Terras de Miranda, Guadramil e Quintanilha, um dos territórios de língua leonesa em Portugal.

A parte espanhola do território tem 10 habitantes, sendo designada oficialmente como Rihonor de Castilla. Já na parte portuguesa, de acordo com os últimos registos, habitam 53 pessoas. Este povoado distingue-se ainda por ter um dialeto próprio e quase extinto, chamado rionorês.

Uma aldeia comunitária e as casas que dão diretamente para o rio

Rio de Onor tem resistido no tempo como aldeia comunitária, o que se observa na partilha dos fornos pelos seus habitantes, bem como de terrenos agrícolas. É ainda partilhado um pasto comunitário, onde se alimenta um rebanho único de cerca de 300 ovelhas e 100 cabras. O encanto dos visitantes por esta aldeia começa ao observarem as casas tradicionais. Construídas em xisto, encontram-se muito bem preservadas e algumas dão diretamente para o rio.

Em Rio de Onor é incontornável uma visita à Casa do Touro. É um museu inaugurado no final de 2018, dedicado à história e cultura de Rio de Onor. A sua designação deve-se ao facto de se encontrar no local que albergava o touro da aldeia. Dividida em dois pisos, aborda temáticas como o comunitarismo, a regência do Conselho, o touro do povo e as festas dos rapazes. Não deixe ainda de visitar a Igreja Matriz e a Ponte Romana.


Restaurante fabuloso com doses colossais

Quando a fome apertar, saiba que entre Bragança e Rio de Onor fica um restaurante fabuloso. Chama-se A Lombada, sendo especializado em cozinha tradicional transmontana. As suas especialidades são as Posta à Lombada e a Costeleta de Vitela, ambas cozinhadas na brasa. Por encomenda, também pode optar pelo Galo no Pote. As doses são colossais e o sabor delicioso.

Rio de Onor é atravessada a meio pela fronteira internacional entre Portugal e Espanha.

Artigo de André Cruz Martins

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