"O Plano e Orçamento para 2021 é superior ao de 2020 em cerca de 1,9 milhões de euros. O documento tem em conta, para 2021, um conjunto de obras que estão em curso, bem como continuar a investir na ação social", explicou à Lusa Francisco Guimarães.
O autarca do distrito de Bragança apontou, a título exemplo, obras como a reabilitação do mercado municipal, a construção de um espaço de promoção de raças autóctones, a nova cantina escolar, reabilitação das piscinas cobertas ou Construção de uma nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).
"Estão são obras cujo investimento ultrapassa os sete milhões de euros ", concretizou o autarca socialista.
O investimento na rede de águas e saneamento é outros dos destaques deste Plano e Orçamento do município de Mogadouro, onde há o compromisso "de todo o processo arrancar de imediato".
"Há locais onde as obras estão de decorrer, em outras aldeias as obras estão programadas para curto prazo como é exemplo de Castelo Branco, Azinhoso, Vilarinho dos Galegos em outras localidades do concelho", vincou.
Outras das prioridades é o abastecimento de águas ao concelho, "mas há que repensar prioridades".
"Temos um projeto inicial de 11 milhões de euros, mas percebemos que não conseguimos a obtenção e fundos comunitários e estamos que no atual quadro europeu este investimento seja comparticipado", disse Francisco Guimarães.
O município tem destinados mais de 100 mil euros às Funções Sociais e garante que vai continuar a apoiar a habitação social, a compra de medicamentos, apoios à natalidade, Fundo de Emergência Municipal.
Os apoios às Instituições de Solidariedade Social do concelho, bombeiros ou Cruz Vermelha, também são para continuar.
Na educação, o destaque vai para os transportes escolar onde município investe anualmente cerca de 800 mil euros.
No campo cultural estão programados, caso a pandemia o permita, eventos como as festividades da Flor da Amendoeira, Festival Terra Transmontana, festival aeronáutico "Red Burros" ou o encontro anciãos.
A oposição liderada pela coligação "Todos por Mogadouro ", formada pelo PSD-CDS/PP justificou o seu voto contra o orçamento da Câmara, por considerar "ser um mau orçamento pois vai contribuir para a degradação do tecido económico e, ao mesmo tempo, ou em consequência, a um cada vez maior decréscimo populacional"
De acordo com o vereador eleito pela oposição, Manuel Cordeiro, nos últimos oito anos 1.130 residentes abandonaram o concelho.
"Tudo isto tem uma agravante de que aqueles que partem são os que se encontram em idade ativa, a força de trabalho, aqueles que estão na flor da idade", disse.
Outro dos motivos da rejeição do Orçamento Municipal "prende-se com o facto do documento aumentar as despesas fixas, nomeadamente as despesas correntes que representam quase metade do orçamento, o que implica maior dependência das transferências do estado".
Para a oposição PSD/CDP-PP, "há ainda incapacidade de projetar o concelho num horizonte temporal a médio e longo prazo o que compromete o futuro dos mogadourenses".
"Os apoios às empresas e às famílias são insuficientes, para o que temos alertado o executivo", vincou o vereador da Coligação Manuel Cordeiro.
Uma posição que a governação socialista e garante que tudo tem feito nesta mataria com a criação de vários fugidos apoio às famílias e ao emprego.
Os eleitos pela coligação garantem ainda que o documento apresentado tem "inconformidades aritméticas".
O presidente da Câmara de Mogadouro disse que os verdores do PSD estão errados nesta matéria, justificando que "as contas estão certas".
O executivo municipal de Mogadouro é constituído por quatro eleitos pelo PS e três eleitos pela Coligação "Todos por Mogadouro", liderada pelo PSD.
A Assembleia Municipal de Mogadouro é de maioria socialista.
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