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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

COMO LER O ARTICULISTA

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Teixeira de Pascoais, grande poeta de Amarante, que faleceu em 1952, dizia: “ Escrevendo, cedo apenas a uma necessidade espiritual de revelação ou confissão.” - “S. Jerónimo”
É a “necessidade” da maioria dos que escrevem, em prosa ou verso.
Escrever é comunicar; conversar com o leitor. Várias vezes ouvi, o grande jornalista Costa Barreto, de: “ O Comércio do Porto”, afirmar: “ O jornal não tem leitores, mas sim os colaboradores”.
Também Lopez-Pedraz, disse: “ As razões convencem o homem, mas é o homem que escolhe as razões, que o convencem. E, naturalmente as escolhe de acordo com aquilo que quer convencer-se.”
Eu sei, ao emitir opiniões posso influenciar os que possuem sensibilidade igual ou semelhante à minha.
São os cronistas, muitas vezes, a voz, dos que não têm ou não querem ter voz.
Não é fácil escrever, para o público. Havia, no tempo de meus avós, velho adágio, que rezava, mais ou menos, assim: “ Quem edificou na praça, a muito se aventurou: uns dizem, que alta é; outros, de baixa não passou”.
Nem tudo que escrevo, agradará ao leitor. Mas também não escrevo para agradar ou convencer, seja quem for. Cada qual, ao ler-me, deve pensar assim: concordo ou não, com o que diz, e reflectir.
Certa ocasião, jovem estudante, referindo-se às minhas crónicas, publicadas in: “O Correio do Ribatejo”, enviou-me carta aberta, dizendo assim:
“ Quando o leio, nem sempre concordo com o que diz; mas faz-me pensar.
“ Confronto, então, com o meu parecer. Isso torna-me mais madura, e faz-me crescer e reflectir.
“ Quantas vezes, concluo: estava equivocada! Nunca analisei, o tema, por essa faceta…”
É o jeito inteligente, como se deve ler os meus textos, e dos outros cronistas; com espírito critico: “ Está certo ou errado?”
Este modo de ler, chamo: ler com inteligência, e ajuda a melhor compreender a colectividade.

Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG”. e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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