“Eu nunca pedi em nome de nenhuma associação. Pedi ajuda para comer, uma vez que pedi ajuda às instituições de Macedo e nenhuma me ajudou.
Qualquer pessoa que pede tem receio e vergonha, e por isso fiz um Facebook falso com o nome de Márcia. Sempre pedi para mim e a minha família. Não expus nomes até porque a minha família é um pouco conhecida e eu tinha medo de represálias.”
Sónia nega que alguma vez tenha pedido dinheiro para os tratamentos de crianças doentes:
“É mentira, nunca fiz pedidos desses. Estou desempregada e pedia para nós, nunca para filhos que não fossem os meus.
Eu pedi ajuda em bens alimentares e em algumas contas que tinha em atraso para pagar, de luz e água.
Não recebi nenhuma notificação da GNR. Alguns militares passaram em minha casa, de visita e perguntaram-me o que é que eu andava a fazer na internet, e o porquê de haver pessoas a fazer queixa. Eu respondi que pedir não é roubar.
Não recebi nenhuma notificação nem devo receber, porque não fiz mal a ninguém e tenho a minha consciência tranquila.”
A mulher confessa que já teve processos em tribunal mas que nada tiveram a ver com burlas na internet.
Quanto ao homem que contou ter pago nozes e nunca as ter recebido, Sónia garante ter feito o envio da encomenda:
“Eu vendo nozes e castanhas, esse senhor fez-me um pedido de 10kg e eu enviei a encomenda, tenho o comprovativo. Não sei se recebeu ou não, mas a transportadora não devolveu nada. Ele pagou, sim, mas se nada foi devolvido, penso que foi entregue.
É verdade que fiz pedidos de ajuda na internet, e essa ajuda veio-me da Suíça, do Luxemburgo e da Cruz Vermelha de Montalegre, e muito grata estou por isso. Penso que não roubei nada a ninguém.”
As declarações da mulher que tem sido acusada de burlar pessoas na internet.
De recordar que algumas das alegadas vítimas já apresentaram queixa à GNR.
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