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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Dificuldade de escoamento da castanha devido ao confinamento preocupa produtores

 Os produtores de castanha da região queixam-se da dificuldade de escoamento do fruto.
Nesta altura, normalmente os magustos e a venda na rua contribuem para ajudar a vender a castanha. Mas, este ano, o fruto fresco não está a ser tão procurado e o preço também baixou perante este cenário. Fortunato Rodrigues é produtor de castanha em Pinela, no concelho de Bragança, e diz que ainda não tem certeza do preço a que vai vender a castanha, mas acredita que não deve superar 1 euro e 20 cêntimos, valor bastante abaixo dos últimos anos. “A temperã foi fácil, teve bastante procura, mas agora esta tem sido mais complicado porque devido à Covid não há gente na rua, há poucos consumidores em fresco e a indústria só quer a pequena e ficamos mais limitados. Normalmente vendo para Itália, mas este ano têm lá a campanha deles a decorrer e estamos mais parados. O preço está muito mais baixo, neste momento falam em 1,20 euros, não será muito mais do que isso”, afirmou.

O produtor explica que há uma grande incerteza em relação ao preço e alguns produtores estão a entregar a castanha mesmo sem saber qual o valor que lhes vais ser pago. “Os produtores entregam-nas sem preço e os compradores recebem-nas”, podendo o valor ser posteriormente definido.

Lindolfo Afonso, produtor de castanha de Espinhosela, tem cerca de 40 toneladas da produção armazenada. Já tentou vender parte a empresas transformadoras e exportadoras, mas ainda não conseguiu. “Está tudo cheio de castanhas, há carros e carros para descarregar. Só daqui a 15 dias é que me arranjariam uma solução, tenho que as armazenar, mudar de sacos, dá muito trabalho e a castanha perde peso, tudo isso são prejuízos para o produtor”, sublinhou.

Carlos Silva, presidente da cooperativa dos agricultores de Vinhais, explica que o agrupamento de produtores de castanha, ali integrado, garante a venda da castanha dos produtores, mesmo com as limitações no mercado, mas admite também que o preço vai ter uma redução significativa, que pode ir de 25 a 50 por cento em relação aos anos anteriores. “Há aqui uma quebra que pode chegar aos 50%. Seria mais fácil se não estivéssemos a passar esta situação, porque os preços seriam diferentes, haveria muitos mercados que agora não estão abertos, o consumo no mercado de frescos está muito limitado, fornecíamos para muitas festas, feiras, alguns magustos, e deixámos de os ter como clientes. Alguns mercados de exportação também estão muito reticentes em adquirir castanha, o mercado, espanhol, francês e italiano estão a comprar muito menos do que nos outros anos”, avançou.

A incerteza a marcar esta campanha de castanha, já que devido à pandemia a procura do fruto em fresco é muito reduzida quer em Portugal quer nos mercados internacionais, muito por causa do confinamento imposto. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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