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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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sexta-feira, 3 de junho de 2022

Construção de extratora de bagaço em Carviçais já recebeu pareceres positivos e população teme que projeto avance

 A possível construção de uma fábrica extratora de bagaço na aldeia de Carviçais, concelho de Torre de Moncorvo, continua a dar que falar


Os terrenos já foram comprados e distam 900 metros da primeira habitação. Se inicialmente os pareceres foram negativos, depois de alguns ajustes no projeto, as diversas entidades começam a dar parecer favorável.

O cheiro e a nuvem de fumo que pode causar uma extratora de bagaço estão a deixar preocupados os habitantes de Carviçais, onde em 2021 foi anunciada a intensão de construir uma fábrica deste tipo. Sabe-se que já foram emitidos pareceres de várias entidades, como a CCDR-N e a Infraestruturas de Portugal, que são favoráveis à pretensão. Há condicionamentos, mas resolvidos, dão permissão para o avanço do projeto. Perante este cenário surgiu um movimento de cidadãos que lutam contra a instalação da extratora. Um dos membros, Luís Líbano, diz que poucos esclarecimentos têm sido dados à população.

“O que têm dito é muito pouco ou quase nada. Na verdade todos eles se refugiam ou no silêncio ou os poucos que já nos deram respostas vão atrás das entidades que estão acima. A partir de uma determinada fase sentimos que a informação é quase inacessível”, referiu.

Vai ser feito um estudo de impacto ambiental para perceber se é ou não viável a construção da extratora naquela aldeia. Se até agora os pareceres têm sido positivos ainda que condicionados, Luís Líbano teme que, se o da Agência Portuguesa do Ambiente também for favorável, a câmara permita o projeto.

“A câmara está precisamente à espera dessas respostas para que possa no final dizer ‘bem já que todos aprovaram nós não estamos em condições de fazer o contrário’”, apontou o membro do movimento.

O investimento é da Casa Alta- Sociedade Transformadora de Bagaços, que já tem fábricas no Alentejo e que são contestadas pela forte poluição que causam. Até agora não foi possível chegar à fala com o responsável pela empresa. O Partido Socialista de Torre de Moncorvo, que é da oposição, também já se mostrou contra o projeto. Na última Assembleia Municipal, o grupo parlamentar apresentou uma moção, que foi rejeitada e que pedia esclarecimentos sobre a posição do presidente de câmara. O socialista José Aires quer clareza no processo.

“O objetivo quando propusemos a moção foi que aquela unidade industrial não aconteça. A análise que nós fazemos a nível legal é que quem pode ou não, em última análise, deferir ou indeferir a construção da fábrica é a câmara municipal porque tem poder legais para isso. O que nos preocupa tem sido a posição intermitente e os constantes ziguezagues que têm sido efetuados essencialmente pelo executivo, na pessoa do sr. presidente da câmara”, frisou.

A Concelhia do PSD de Torre de Moncorvo já veio afirmar publicamente que é contra a instalação da extratora. O presidente da concelhia e ainda chefe de gabinete do presidente de câmara, José Meneses, acredita que o projeto não vai avançar.

“Quero acreditar que ninguém vai dar um parecer favorável à construção naquele local. Nós, comissão política dos partidos da coligação PSD/CDS-PP, fomos junto da direção regional de Agricultura saber qual era a opinião deles e eles foram perentórios em informar-nos que há dez licenças no país deste tipo de fábricas e não vão licenciar mais nenhuma”, afirmou.

Contactado o presidente da Junta de Freguesia de Carviçais disse que não iria prestar declarações nem acrescentar mais nada, mostrando-se apenas contra o projeto nas redes sociais.

Falta agora o resultado do estudo de impacto ambiental que, se for positivo, tal como outros pareceres, deixa porta aberta para que a câmara de Torre de Moncorvo permita a instalação da fábrica. Até agora não foi possível obter declarações do presidente da câmara, embora tenha sido contactado diversas vezes.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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