Segundo Miguel Nóvoa, da Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA), este encontro cinematográfico permite adquirir uma visão global do problema da ruralidade e de problemas comuns como é a desertificação humana.
“Não é apenas no interior de Portugal que temos os problemas do despovoamento e da falta de pessoas na agricultura. A projeção destes filmes é uma oportunidade única para ter conhecimento de que estes problemas também existem noutras regiões do país e do mundo”, disse.
Na sexta-feira, dia 21 de outubro, no auditório da Casa da Cultura de Vimioso vão ser exibidos os filmes: “O lado negro do azeite”, de Pedro Rego & Sandra Coias; e o filme “Terra”, de Hiroatsu Suzuki & Rossana Torres.
« “O lado negro do azeite” é um documentário de 30 minutos que aborda o tema da poluição da indústria de extração de bagaço. No filme retrata-se o caso de uma aldeia no Alentejo afetada pela contaminação de uma fábrica que faz a queima do bagaço da azeitona.”, explicou.
Para Miguel Nóvoa, este tema merece muita atenção, dado que atualmente se equaciona a instalação de uma fábrica destas na nossa região, mais concretamente em Carviçais, pelo que é oportuno refletir sobre a intensificação da agricutlura na região.
O segundo filme a ser exibido é “Terra”, uma obra realizada pelo japonês Hiroatsu Suzuki e pela portuguesa Rossana Torres, que retrata a realidade de um dos últimos produtores de carvão, no Alentejo.
No dia seguinte, sábado, dia 22, no auditório do PINTA – Parque Ibérico de Natureza e Aventura de Vimioso, vai ser apresentado o já premiado filme “Alcarrás”, de Carla Simón.
O flime retrata um drama familiar numa vila rural da Catalunha (Espanha) e aborda o tema da sustentabilidade da agricultura tradicional.
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