No âmbito da iniciativa “Há Teatro na aldeia” promovida pelo Município de Vinhais, a Filandorra – Teatro do Nordeste vai “instalar-se” nas aldeias deste concelho com o espetáculo “Diabos e Diabritos num saco de mafarricos” de Alexandre Parafita. Durante os dias 20, 21 e 22 de outubro, a Filandorra vai percorrer cinco aldeias do Concelho, dinamizando o quotidiano rural e envolvendo diferentes gerações a partir da “ida” ao teatro, num regresso ao concelho que viu “nascer” esta produção criada em Residência Artística no Centro Cultural Condes de Vinhais em maio de 2021.
Neste espectáculo a Filandorra “viaja” pelos contos, lendas e mitos da tradição oral transmontana recolhidos pelo escritor e etnógrafo Alexandre Parafita, alguns dos quais nas aldeias de Vinhais, nomeadamente o conto “o menino de vermelho” recolhido em Agrochão, aldeia que “abre” este ciclo de representações a 20 de outubro. Neste dia, pelas 11h00, a escola da aldeia vai ser o palco de encontro, convívio e partilha dos saberes intergeracionais, num espetáculo aberto a toda a população residente, desde crianças que frequentam a escola, pais, avós, utentes da IPSS local de apoio a idosos. No mesmo dia, mas pelas 15h30, os contos vão ser contados… cantados… e brincados na Casa do Povo da aldeia de Ervedosa. Sexta-feira, dia 21 de outubro, “Diabos e Diabritos…” viajam até às aldeias de Espinhoso (11h00) e Vila Boa (15h30). No sábado, dia 22, é a vez da população da aldeia de Rebordelo “reviver” os serões de outros tempos em que “contar e ouvir” os contos populares que, segundo Alexandre Parafita, «correram de geração em geração, viajaram de terra em terra, na voz de romeiros, jograis, corsários, meirinhos, amoladores e almocreves», alegravam toda a família, desde o mais velho ao mais novo.
Com encenação de David Carvalho, Diabos e Diabritos…. num saco de mafarricos conta com as interpretações de Anita Pizarro, Bibiana Mota, Débora Ribeiro, Helena Vital, Sofia Duarte, Bruno Teixeira, Luís Filipe, Paulo Magalhães e Silvano Magalhães, e na técnica com Pedro Carlos (Som) e Carlos Carvalho (Luz). As histórias preservadas em livro, e agora transpostas para o palco, foram enriquecidas com canções originais (letra e música) de Marília Miranda, que nos últimos anos tem colaborado com a Filandorra nos domínios da dramaturgia e criação musical. Esta produção integra o projeto “Reportórios, Territórios e Identidades” apoiado pela DGartes/Ministério da Cultura no âmbito do Programa de Apoio Sustentado – Teatro (Biénio 2021/2022).
Segundo os responsáveis da companhia de teatro ” a implementação da iniciativa “Há Teatro na Aldeia”, neste outono do nosso contentamento, consolida uma vez mais a confiança do Município de Vinhais no trabalho artístico e cultural desenvolvido pela Filandorra através do Protocolo de Cooperação que mantém há largos anos com esta estrutura profissional, agora reforçada com a implementação de Oficinas de Teatro e Artes Performativas pela Filandorra no âmbito do Projeto Cultura para Todos, que decorrem desde setembro e de que resultarão espetáculos/performance baseados nas tradições e hábitos culturais do património imaterial do concelho de Vinhais”.
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